Roberto Martínez: “Não seria inteligente limitar-me a um sistema"

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Roberto Martínez: “Não seria inteligente limitar-me a um sistema"
Roberto Martínez satisfeito com a vitória
Roberto Martínez satisfeito com a vitóriaAFP
Roberto Martínez deixou elogios à Seleção após a vitória diante do Liechtenstein (4-0), na qualificação para o Campeonato da Europa. O técnico de Portugal destacou a atitude da equipa e justificou a opção pelo esquema de três centrais.

Acho que começámos o jogo bem, os primeiros 15 minutos de muita disciplina e depois 30 minutos em que ficámos frustrados com a maneira do Liechtenstein defender. Na segunda parte existiu uma mudança, acho que críamos boas oportunidades para marcar mais golos. O mais importante do jogo de hoje é aquilo que aconteceu sem bola, o compromisso, o trabalho, a obsessão de não deixar um Liechtenstein criar perigo no contra-ataque e com a bola parada. Foi uma boa oportunidade para os jogadores me conhecerem, eu os conhecer jogadores e tirar bom rendimento deles”, explicou, falando sobre o ambiente em Alvalade: “Muito agradecido pela forma como senti o público, é especial ver um estádio cheio, com muito energia e agora percebo a importância que é a seleção para os jogadores”.

A partida confirmou Portugal a atuar com três centrais.

Não sou um treinador de sistema, tento retirar o melhor dos meus jogadores e depois sim encontrar o sistema. Esta foi a decisão que tomámos e ao olhar para este plantel vejo que podemos ser uma equipa muito boa com bola, a defender sem ela, a atacar em contra-ataque, por isso não seria inteligente limitar-me a um sistema”, atirou, justificando a opção por Danilo, com António Silva no banco: “É importante olhar para aquilo que o jogo foi, com três centrais permiti-nos defender com menos jogadores e os nosso centrais tiveram uma posição muito semelhante à dos médios, por isso a opção pelo Danilo Pereira e pelo Palhinha quando ele saiu. É a flexibilidade que devemos ter”.

Reveja aqui as principais incidências da partida

E na defesa destacou também Gonçalo Inácio, que fez a estreia: “Gonçalo Inácio tem um perfil muito moderno, pé esquerdo, capacidade para defender com espaço nas costas. É um perfil muito moderno, joga há muitos anos numa linha de 3. Pensei que a jogar em casa era mais fácil ter esta estreia. É importante ter esse desafio. Na primeira parte estava nervoso, normal e na segunda parte foi com um nível”.

Por último, Roberto Martínez explicou a decisão de atuar só com um ponta-de-lança na frente, sem colocar Ronaldo e Gonçalo Ramos a coabitar.

Acho que dois pontas de lança cabem em qualquer sistema, mas queríamos jogar com um, porque ia ser uma equipa com bloco baixo, linha de 3 e queremos explorar os espaços de outra maneira, com Bruno Fernandes, Bernardo Silva, a relação de João Félix e Guerreiro na esquerda”, atirou, deixando elogios à equipa: “Vou daqui satisfeito com o que conseguimos com 3 dias de trabalho. Estes jogadores tem uma capacidade de analise e de conseguir apreender o jogo muito rápido. Tivemos períodos muito bons e muitas coisas a melhorar e aí é onde está a o trabalho. Depois do primeiro golo perdemos alguma disciplina tática, tentámos chegar ao golo demasiado rápido, mas estes são aqueles jogos perigosos em que conseguimos os três pontos”.