“Como novo selecionador valorizo-o muito, a atitude e o que está a fazer. Tinha a possibilidade de baixar os braços, num clima muito, muito complicado (Atlético Madrid). Não entendo o escrutínio que se faz, é um jogador com 24 anos. É um jogador que está emprestado e que, em setembro e outubro teve um período de nível altíssimo”, explicou Roberto Martínez, rebatendo as críticas: “Não se pode acusar um jogador da forma como está a equipa. Se o Barcelona não fosse irregular quando o João Félix está em campo faz sentido, mas acho que não existe relação entre o que faz e o que dá à equipa. Não o vejo assim."
Félix poderá ser um dos eleitos para o Euro-2024, onde Portugal chega depois de uma fase de qualificação perfeita e a sonhar com a conquista do Campeonato da Europa, igualando o feito de 2016.
“A minha experiência é que não existem seleções superfavoritas. Os grandes torneios são conquistados por detalhes e há que crescer na prova em si, por isso até ao terceiro jogo não posso responder. Fizemos uma qualificação perfeita, que era o que queríamos. Depois existe um grupo de seis, sete seleções que não são favoritas, mas candidatas a poder sonhar”, atirou.
Por último, abordou a qualidade dos jogadores portugueses.
“No futebol existem jogadores competitivos e jogadores táticos, com vertentes diferentes. Há jogadores que gostam mais de ganhar e não pensar muito, enquanto outros gostam de decifrar como podem ganhar. O futebolista português tem ambos. É competitivo porque a estrutura do futebol aqui o faz sentir assim e gosta da organização, de uma ideia clara para o encontro. Não me surpreende que existam mais de 85 jogadores portugueses nas cinco principais ligas. Dás-te conta que o país tem a estrutura ideal: campeonato nacional sub-19, sub-23, equipas B e grandes equipas que dão oportunidades a mais jovens”, concluiu.