Com Camavinga confirmado como lateral-esquerdo pelo próprio Carlo Ancelotti e Tchouaméni mais perto do banco do que do 11 inicial, Toni Kroos é apontado a assumir a posição de pivô defensivo contra o Manchester City. Uma solução cada vez mais utilizada pelo treinador italiano nos grandes jogos.
São poucos os jogadores do plantel merengue em quem "Carletto" confia tão cegamente como no alemão. E isso é confirmado em jogos importantes, colocando-o no início do jogo e na defesa de forma recorrente há já algum tempo.
Sem estar apaixonado pela posição 6, a qualidade do alemão permitiu-lhe fazer grandes exibições nessa posição. Mesmo assim, não gosta de assumir toda a responsabilidade, como referiu antes do jogo: "Vamos ter momentos em que teremos de defender mais, mas isso é outra questão para o treinador. Posso dizer que contra o Barcelona e o Chelsea joguei como pivot e funcionou bem. Acho que defender é uma coisa de equipa", explicou.
Com a renovação ainda em aberto, mas muito bem encaminhada, como ele mesmo destacou na conferência de imprensa, Kroos só pensa no confronto com o Manchester City. O seu papel será crucial contra um dos melhores meios-campos do mundo.
Felizmente, Kroos tem estado a um nível elevado nos últimos jogos e, fisicamente, está em grande forma. A sua qualidade é inquestionável e, por todas estas razões, Ancelotti vê nele o farol que deve guiar a equipa num jogo da dimensão de uma meia-final da Liga dos Campeões.
Tal como Luka Modric, o vencedor do Campeonato do Mundo de 2014 é uma extensão do treinador dentro de campo. Eles encaram o futebol, e a vida, de forma muito semelhante e a confiança é plena e recíproca. Assim, temos a garantia de mais uma atuação da velha guarda do Real Madrid no último jogo europeu da presente temporada no Santiago Bernabéu.