Recorde aqui as principais incidências da partida
A preparação para o jogo de domingo, que podia ser o mais importante da temporada para Farense e Estoril, também foi feita no sofá. Lá, algarvios e canarinhos assistiram à derrota do Portimonense, mas guardaram as possíveis celebrações para o domingo à tarde, onde o sol abençoou o São Luís para uma tarde de bom futebol.
Um empate teoricamente servia às duas equipas. O Farense garantia a manutenção matematicamente, enquanto o Estoril celebrava a chamada permanência virtual, fruto da diferença de golos para o Portimonense, uma vez que o confronto direto entre os dois conjuntos dava empate.
Talvez por todas estas condicionantes Farense e Estoril tenham entrado sem grande pressão, protagonizando um jogo aberto e com grandes momentos de futebol, algo que, diga-se, as duas equipas foram apresentando ao longo da época, ainda que muito a espaços.
A primeira ocasião pertenceu ao Farense, que começou por assumir as despesas do jogo na primeira parte. Igor Rossi, de cabeça, obrigou Marcelo Carné a uma grande intervenção para manter o Estoril agarrado ao jogo (20').
Com Guitane no banco, o Estoril sentiu algumas dificuldades para criar ocasiões de golo, por isso não foi de estranhar que a primeira grande oportunidade tivesse surgido na sequência de um lance de bola parada que Cláudio Falcão desvia por cima da própria baliza.
O passar dos minutos e o avolumar das oportunidades abriu o jogo, mas com superioridade algarvia o golo de Gonçalo Silva acabou por trazer justiça ao marcador. Marco Matias cobrou um canto a partir da esquerda e encontrou a cabeça do defesa-central (36'), que aproveitou a proximidade das bancadas para dedicar o golo à tia.
A cabeçada do defesa-central algarvio foi o mote para um final de primeira parte frenético, marcado pelo golaço de Mattheus Oliveira (45'), que, em dia da mãe, fez lembrar o pai, Bebeto, para apontar o 2-0 do Farense.
O golpe seria pesado para o Estoril, não fosse a reação rápida da equipa de Vasco Seabra, que aproveitou a desconcentração da equipa da casa, ainda a celebrar o golo, para reduzir o marcador numa fase crucial da partida. João Marques, dos melhores na primeira parte, encontrou Fabrício no coração da área (45'+3) para motivar a equipa de Cascais antes do início da segunda parte.
Com apenas uma vitória fora, curiosamente no Estádio do Dragão, aquele golo serviu efetivamente como uma motivação importante para a equipa estorilista, que começou a segunda parte tal como havia terminado.
Rodrigo Gomes (52') aproveitou a confusão na defesa algarvia para fazer o 2-2 com um aparecimento surpresa na zona de grande penalidade para uma finalização de primeira, de pé direito.
Com mais de meia hora para jogar e o empate a servir aos dois conjuntos, era natural que surgissem algumas cautelas, numa espécie de acordo amigável com vista à permanência, mas os Leões de Faro queriam mais do que isso.
Depois de marcar três golos frente ao Estrela, o Farense voltou a aplicar chapa três para regressar à liderança do marcador aos 64 minutos de jogo, altura em que Bruno Duarte recebeu o passe de Belloumi para finalizar com classe.
Ao bom estilo de José Mota, o Farense soube jogar com o resultado e com as exigências da permanência para segurar o Estoril e garantir a permanência na Liga Portugal, depois de ter consumado o regresso ao primeiro escalão na época passada.
Homem do jogo Flashscore: Mattheus Oliveira (Farense)