Reveja aqui as principais incidências da partida
Vindo de uma derrota no Dragão, Rubén de la Barrera fez três alterações no onze. Matheus Pereira, Pedro Ortiz e Diogo Nascimento entraram para equipa que procurava retomar o caminho dos triunfos.
No Casa Pia, Gonçalo Santos manteve-se fiel às ideias e continuou com o mesmo onze que perdeu com Estrela da Amadora e Benfica nas últimas duas jornadas da Liga.
Pontapé na monotonia
Único jogo das competições profissionais neste domingo de Páscoa, Vizela e Casa Pia entraram em campo separados por seis pontos e envolvidos na luta pela manutenção. E se os católicos festejavam a ressurreição de Jesus Cristo, as gentes da equipa da casa esperavam um sentimento semelhante já que os três pontos permitiam, pelo menos provisoriamente, sair da zona de despromoção.
Com uma boa moldura, os adeptos decerto não tiveram a sobremesa que esperavam após o repasto festivo. Talvez pressionados por um campeonato que se encaminha rapidamente para as decisões, os dois conjuntos protagonizaram um primeiro tempo monótono. O Casa Pia sólido e pragmático a chegar à frente para criar perigo, enquanto o Vizela tentava colocar em campo um estilo de jogo mais rendilhado, mas previsível.
Foi preciso dar um pontapé na monotonia e surgiu da parte de Ângelo Neto. Aos 26 minutos, o médio ganhou espaço à entrada da área e disparou para o fundo das redes, sem qualquer hipótese para Buntic, que bem voou. Um concorrente forte a golo da jornada (e não seria o único nesta partida).
Até final, Larrazabal testou a atenção de Buntic num livre. Essende obrigou Ricardo Batista a uma grande defesa, na sequência de um canto. Os outros lances de perigo da primeira parte.
O balcão da área
Rubén de la Barrera não escondeu o sentimento de urgência. Ao intervalo fez três alterações (Bruno Costa, Soro e Sava Petrov) mudou a equipa para um 4x4x2 e procurou o resultado, mas voltou a ser traído pelo espaço deixado à entrada da área.
Numa jogada bem urdida pelos lisboetas, Felippe Cardoso recebeu a bola na meia-lua e disparou colocado para o fundo das redes. Silêncio em Vizela pontuado por alguns insultos, marca da frustração dos adeptos que começam a ter noção de um destino cada vez mais certo.
A lei de Murphy
É um dos adágios mais citados. “Qualquer coisa que pode correr mal, vai correr e no pior momento possível”. Foi de certeza isto Rubén de la Barrera pensou entre os 66 e os 70 minutos, numa sequência que simboliza uma época para esquecer do Vizela.
Vamos por partes. Minuto 66, na sequência de um livre lateral batido na direita, Jota obrigou Ricardo Batista defesa de recurso, com Soro, na recarga, a disparar por cima. Seguiram-se duas últimas substituições dos minhotos (Domingos Quina e Anderson Jesus). Minuto 69, Bruno Costa lesiona-se e pedem de imediato substituição. O problema? Já tinham sido feitas as cinco alterações e o Vizela ficava com 10.
Como se isso não fosse suficiente, aos 70 minutos, Felippe Cardoso marcou o golo da tarde. Leonardo Lelo cruzou da esquerda, Samuel Justo tocou de cabeça e o avançado brasileiro dominou sem deixar cair no chão e disparou de bicicleta para o fundo das redes.
A expulsão de Duplex Tchamba aos 76 minutos, por uma entrada atrasada sobre Tomás Silva, ainda equilibrou a partida em termos de jogadores (10 para cada lado), mas o resultado estava definido. Com muita gente a abandonar o estádio desde os 70 minutos, os adeptos percebiam que ainda não seria neste domingo de Páscoa que iam ver a ressurreição do Vizela. A grande parte já não viu o golo de Larrazabal (90+1 minutos), que aproveitou uma perda de bola para rematar de forma cruzada para o fundo das redes.
Com 21 pontos, o emblema minhoto está a dois do Portimonense, em zona de play-off de manutenção e a cinco do Estrela da Amadora, primeira equipa na zona segura da tabela. Já o Casa Pia saltou para o nono lugar, com 30 pontos e vê para as contas da subida mais desafogadas.
Homem do jogo Flashscore: Felippe Cardoso (Casa Pia).
