Recorde as incidências da partida
Luís Freire optou por fazer quatro mudanaças no onze inicial que empatou com o Marítimo (2-2), na última jornada, começando logo na baliza, com Magrão no lugar de Jhonatan. Depois, também Pantalon Baeza e Boateng foram titulares, em detrimento de Nóbrega, Ukra e Hernâni.
Já do lado do Vitória de Guimarães, Moreno Teixeira fez apenas uma mudança em relação ao onze que venceu o Vizela (3-0), com André Amaro no lugar de Bamba.
Duas equipas, um adversário: o vento
Numa tarde de sol em Vila do Conde, houve também um adversário que, naquela cidade, é tudo menos inesperado: o vento, forte, favoreceu os vimaranenses na primeira parte.
Ainda assim, o primeiro registo de perigo pertenceu ao Rio Ave, com cruzamento de Costinha para Boateng, que demorou muito tempo a preparar a finalização e foi desarmado por Miguel Maga. Aos 9' foi Costinha a surgir na área, na sequência de um pontapé de canto, sozinho com Leonardo Ruiz, em posição duvidosa, mas o cabeceamento saiu com pouca força e fácil para Bruno Varela segurar.
Respondeu o Vitória, com Johnston a surgir pela esquerda e a rematar para defesa apertada de Magrão, cedendo canto.
Em cima do quarto de hora, novamente Leonardo Ruiz e Costinha em evidência, com o avançado a servir, de calcanhar, o lateral-direito para um remate defendido por Bruno Varela.
O guarda-redes do Vitória voltaria a brilhar aos 22 minutos, quando Leonardo Ruiz, após cruzamento de Paulo Vítor, cabeceou para bela intervenção do capitão vimaranense.
Até ao intervalo nota ainda para um contra-ataque do Vitória, aos 41 minutos, com Jota a lançar André Silva, que rematou ao lado, e para mais um canto dos minhotos, aos 45+2', que Johnston bateu e quase enganou Magrão. Culpa... do vento.
Depois do vento vem... a bonança
Para a segunda parte Moreno Teixeira tirou Miguel Maga, em risco de falhar o jogo com o Gil Vicente, caso visse amarelo, e apostou na experiência de Bruno Gaspar na ala direita.
Não foi a favor do vento, verdade, mas foi mesmo num pontapé de canto que o Vitória se colocou na frente do marcador, quando aos 55 minutos Tiago Silva bateu a bola parada, Mikel Villanueva desviou ao primeiro poste e Tomás Handel surgiu ao segundo para, de cabeça, fazer o 1-0.
O Rio Ave reagiu, aos 60 minutos Guga, de meia distância, atirou a rasar a barra e logo depois Luís Freire mexeu na equipa, lançando Hernâni no lugar de Miguel Baeza, tentando inverter o rumo dos acontecimentos.
Já depois de também Moreno ter mexido, tirando Villanueva por queixas físicas, foi mesmo Hernâni, de livre, a assustar Bruno Varela, mas com a bola a passar por cima.
Na reta final Moreno colocou Zé Carlos em vez de Tiago Silva, dando maior segurança, antes de Luís Freire arriscar, lançando o avançado André Pereira, além de Samaris, nos lugares de Amine e Paulo Vítor, este também com problemas físicos.
Aos 84 minutos mais uma bela iniciativa de Johnston, desta vez sem a melhor decisão: optou pelo remate, por cima, quando tinha probabilidade de maior sucesso num cruzamento.
Aos 89 minutos, após um canto do Rio Ave, a favor do vento (lá está), Dani Silva causou calarios com um corte que quase seguiu na direção da própria baliza.
E foi após quatro minutos de compensação, e num último fôlego vila-condense, que o jogo terminou, pasme-se, sem qualquer cartão amarelo. Miguel Nogueira, o árbitro, também se candidatou a homem do jogo.
Uma equação na matemática
Com este triunfo o Vitória chegou aos 50 pontos, mais quatro que o Chaves e, sobretudo, mais sete que o Famalicão. O que significa que, matematicamente, o Vitória de Guimarães garantiu a presença nas competições europeias, uma vez que o Chaves, a única das duas equipas que ainda podia chegar à pontuação dos minhotos, não efetuou a sua pré-inscrição na UEFA.
Já o Rio Ave mantém os 39 pontos, no 12.º lugar, com menos um ponto que Boavista, Casa Pia e Vizela.
Homem do jogo Flashscore: Tomás Handel (V. Guimarães)