O Chelsea é 11.º e o Liverpool 8.º. A época destes dois clubes falhou na Premier League. Ninguém esperava este cenário, pois durante o Verão o ambiente parecia estar bom em ambos os lados.
No início de setembro, tudo mudou para os blues quando Thomas Tuchel foi despedido, à semelhança do seu sucessor, Graham Potter, mais recentemente. Para os reds a história diferente, pois nunca conseguiram apresentar bons resultados, como têm feito nas últimas temporadas. A equipa de Jurgen Klopp é terrivelmente inconsistente, apesar de ter um plantel muito interessante, que tem sido assolado pelas lesões.
Luta europeia
A Premier League tem uma série de jogos para oferecer esta terça-feira à noite, incluindo o confronto entre Chelsea - Liverpool que promete ser interessante face aos nomes que vão estar em campo. No entanto, a má forma das duas equipas levanta uma série de questões.
Se a grande maioria dos observadores concorda que as duas equipas estão numa montanha-russa desde o início da época, a tendência é realmente significativa e revela muitas coisas dentro dos dois clubes. No entanto, se olharmos para os detalhes, as realidades dos blues e dos reds não são idênticas em todos os aspetos.
Os londrinos estão sob a liderança de Todd Boehly há menos de um ano e ainda é muito recente. A gestão desportiva, pelo menos, para além do facto de levantar questões, ainda não amadureceu. Sim, houve muitas transferências, mas é preciso tempo para que um projeto se torne coeso. Neste momento, não é o caso, uma vez que a equipa do Chelsea parece estar mal construída. João Félix, Mykhaylo Mudryk e Noni Madueke em particular, vieram para enriquecer um setor que já estava bem abastecido.
Mais abaixo no campo, Enzo Fernández é uma excelente contratação, mas na prática ainda luta para ter um impacto positivo nos resultados da sua equipa. O proprietário dos blues não quis dar tempo a Tuchel no início da época, e depois mostrou a porta de saída a Potter, mesmo que ele tenha a sua quota-parte de responsabilidade na época sombria dos londrinos. Em termos de organização coletiva, estes últimos quase nunca foram atrativos. Na verdade, todos os analistas concordam que o Chelsea tem o que merece, e ninguém se surpreende com a sua situação atual.
Em última análise, a qualificação para a Europa no final da época não está na previsões nem é viável, dado o desempenho da equipa. Se olharmos para 2023/2024, Boehly terá de provar que é o homem certo para o cargo, caso contrário poderá transformar-se num fiasco...
Quanto ao Liverpool, os problemas são bastante diferentes. A direção está a trabalhar relativamente bem, mesmo que houvesse tensões ligadas à saída do emblemático diretor desportivo Michael Edwards, em junho de 2022. Os reds estão agora menos atentos ao mercado de transferências e estão um pouco mais atrasados em relação ao que se passa no mundo do futebol.
Esta época, Fabinho, Jordan Henderson, Thiago Alcantara e Naby Keita já não são capazes de carregar o projeto dos reds. O meio-campo de Klopp, outrora conhecido como "casa das máquinas", já não é tão funcional e os substitutos utilizados, como Curtis Jones, Harvey Elliott, James Milner e Alex Oxlade-Chamberlain, não estão suficientemente preparados para "tapar os buracos".
Fruto disso, temos um Liverpool, apesar do potencial ofensivo - marcado, no entanto, por algumas lesões -, fantástico, incapaz de assustar as equipas adversárias semana após semana. Já não são os reds dominantes. É por isso que Klopp foi questionado recentemente... e esta terça-feira tem de provar que é o comandante a bordo do navio.
Em qualquer caso, a qualificação para a Liga dos Campeões é um objetivo lógico dado o plantel, mas será muito difícil, pois a competição é dura. O Liverpool tem, portanto, de vencer em Stamford Bridge.