"O que posso dizer sobre isso (os despedimentos)? O elefante na sala é a questão: como é que ainda estou aqui sentado neste mundo louco? Sou o último homem de pé", disse Klopp aos jornalistas antes do jogo de terça-feira, contra o Chelsea.
"Por isso penso que ambos os clubes não estão nos lugares onde esperavam estar. Respeito-os muito (Potter e Rodgers). São grandes pessoas e treinadores fantásticos. Mas as coisas podem correr mal. Todos nós aceitamos essa parte do negócio, mas é só isso. Na semana passada foi o (Julian) Nagelsmann e agora são estes dois. A época está numa fase decisiva, as pessoas têm medo de, talvez, não atingirem os seus objetivos", continuou.
Nagelsmann foi surpreendentemente despedido pelo Bayern durante a pausa internacional, apesar de estar numa posição muito confortável na Liga. A Premier League teve um recorde de 12 treinadores despedidos esta época, que Klopp descreveu como um "número horrível".
"É assim que as coisas são. Alguns clubes estão a conseguir, definitivamente nós também. Há expetativas lá fora (nos adeptos), com razão, e se não as alcançamos, então temos de aceitar as decisões", disse o alemão.
Sobre o futuro, o treinador germânico disse que o Liverpool tem "proprietários inteligentes", mas não gostou da afirmação de ainda estar no cargo devido ao sucesso anterior no clube.
"Estou aqui para entregar, não estou aqui como talismã ou para murais nas paredes das casas. Sei também que ainda aqui estou por causa do que aconteceu nos últimos anos, mas não gosto do facto de ter de confiar nisso", acrescentou.
"Mas temos de o resolver, não podemos simplesmente continuar a jogar como fazemos de tempos a tempos. Na verdade, isso não é permitido. Estou realmente desapontado connosco, mas acontece e temos de encontrar uma saída", finalizou.