"Foi uma decisão muito rápida", disse o treinador norueguês ao podcast Stick To Football da Sky Bet.
"Pensámos que o Cristiano não estava disponível e que se ia mudar. Quando se tornou evidente que ele ia deixar a Juventus, obviamente que havia outros clubes que o queriam, mas eu estava entusiasmado. (O United) perguntou-me: 'Queres que tentemos isto?' Eu disse que sim, obviamente que sabemos que o Cristiano tem qualidade e tem 37 anos", explicou Solskjaer.
"Mas temos de gerir que ele é o melhor marcador de golos do mundo. Não funcionou para mim, não funcionou para o Cristiano, mas foi a decisão certa na altura", defendeu o técnico.
"Começámos logo a pensar na forma como iríamos pressionar e mudar os pequenos pormenores. O Cristiano é diferente do Antony Martial, que estava na frente, ou do Mason (Greenwood) ou do Marcus (Rashford). O Edinson Cavani foi o que mais sofreu quando o Cristiano entrou, porque tínhamos jogado e o Edinson tinha entendido a nossa forma de jogar", lembrou Solskjaer.
"O Cristiano, quando o conhecemos e falamos com ele, queria jogar três em cada quatro jogos, percebeu que também está a ficar mais velho. Mas quando o deixamos de fora uma vez, ele não fica contente. Com a bola, com ele na equipa, não havia problema. Sem ele (a pressionar), tivemos de alterar um pouco os diferentes papéis a que nos tínhamos habituado. Éramos uma das equipas mais pressionantes antes (da entrada de Ronaldo). Deixámos sair o Dan James quando o Cristiano entrou, e são dois tipos de jogadores diferentes. Para mim, era a decisão certa a tomar, mas acabou por não ser a mais correta", assumiu o antigo treinador do Manchester United.