Juventus 2-1 Cagliari

Depois do 0-0 na primeira parte, a Juventus derrotou o Cagliari por 2-1, subindo ao primeiro lugar do campeonato enquanto espera pelo Inter, contra o Frosinone, e aumentando a vantagem sobre o AC Milan, que foi travado em Lecce.

Sem Danilo, ainda de fora com problemas físicos, e sem Adrien Rabiot, Paul Pogba e Nicolò Fagioli no meio-campo, as escolhas eram quase obrigatórias para Massimiliano Allegri. Já Claudio Ranieri optou por um 4-3-3, em que Andrea Petagna foi o terminal ofensivo, prescindindo de Marco Mancosu.

Quanto ao jogo, muito ritmo desde o início, mas muita falta de precisão. Depois de um arranque frenético mas inconclusivo por parte dos anfitriões, os visitantes mantiveram-se bem no jogo, sem desdenhar algumas investidas ofensivas, embora pouco perigosas.

Nos minutos finais, os Bianconeri voltaram a atacar e estiveram perto de chegar à vantagem, por intermédio de Weston McKennie, cujo toque numa assistência da ala esquerda acabou por sair ao lado da baliza de Simone Scuffet.

Depois de terem criado a melhor oportunidade da primeira parte logo nos instantes finais, os comandados de Massimiliano Allegri voltaram a entrar em campo com muita vontade após o intervalo, mas voltaram a não conseguir marcar.

Primeiro Federico Chiesa, depois Federico Gatti, colocaram a defesa visitante em apreensão sem resultados.

Perante a falta de qualidade dos avançados, foi Bremer quem desbloqueou o jogo aos 60 minutos, cabeceando da melhor forma o cruzamento de Kostic para o 1-0.

Pouco depois, Moise Kean saiu para a entrada de Dusan Vlahovic, mas a Juventus voltou a marcar de bola parada e novamente por intermédio de um defesa, Daniele Rugani: na sequência de um canto, o central toscano soube evitar bater na bola com o braço e, depois de apanhar a trave, colocou a bola na baliza com o peito, aos 70'.

De novo de bola parada, de novo com um central, no entanto, o Cagliari de repente reduziu a desvantagem por Alberto Dossena, que reabriu a partida aos 75 minutos.

Os anfitriões, que pareciam estar a controlar o jogo, viram-se em apuros de um momento para o outro: Dossena esteve perto de marcar mas acertou no poste, e Ranieri lançou Leonardo Pavoletti na luta (depois de inserir Gianluca Lapadula e Eldor Shomurodov) para tentar fazer o empate. A vitória por 2-1, porém, manteve-se: quinto triunfo consecutivo para os Bianconeri.

Lecce 2-2 AC Milan

Para o Lecce, o empate contra o AC Milan (2-2) em janeiro causou muita dor de cabeça na altura, pela equipa ter desperdiçado uma vantagem de 2-0. Mas, ao intervalo, todos os adeptos da casa no recinto teriam aceitado esse resultado n piscar de olhos. Depois de um aviso importante no início do jogo, quando Wladimiro Falcone impediu o remate de Tommaso Pobega para o canto da baliza, o AC Milan (que perdeu Rafael Leão aos 10 minutos) assumiu a liderança merecida com Olivier Giroud a marcar. O francês recebeu um passe de Théo Hernandez e, com muito esforço, empurrou a bola para a baliza com o corpo - o segundo golo no espaço de uma semana para o jogador de 37 anos.

Com a vantagem no marcador, os comandados de Stefano Pioli pareciam numa classe à parte dos anfitriões. E precisaram de apenas mais sete minutos para dobrar a vantagem, quando um belo lance individual no flanco direito viu Samuel Chukwueze fazer Tijjani Reijnders partir para uma corrida individual imparável. Os defesas do Lecce tentaram em vão recuar e colocar-se em posição, mas um remate rasteiro garantiu o primeiro golo rossoneri aos rossoneri.

Se a sorte permitisse, Reijnders poderia ter contribuído com mais um golo para selar a vitória em concreto, mas viu o seu passe para a área ser anulado por Falcone. O Lecce não teve grandes sustos até à passagem da hora de jogo, altura em que Roberto D'Aversa fez uma dupla substituição ousada para tentar salvar uma causa perdida. O Lecce deu um passo em frente que o levou a marcar um golo pouco depois, quando um cabeceamento de Alexis Blin, na sequência de um canto raro, caiu por acaso em Sansone, que rematou a bola para o fundo das redes de Mike Maignan.

O Milan estava visivelmente em choque, e o Lecce capitalizou ao empatar três minutos depois. Desta vez, Sansone foi o responsável, assistindo Lameck Banda dentro da área, e o zambiano fez um belo remate para a baliza, levando os adeptos da casa à loucura. E o Lecce esteve por duas vezes a centímetros de assumir uma liderança inconcebível no final da partida, com Sansone a bater um livre direto para a baliza, com metade do público a pensar que a missão impossível estava concluída, antes de colocar um cabeceamento no poste mais distante, mesmo fora do alvo.

O Lecce acabou por ser mais forte, mas, no final, nenhuma das equipas conseguiu obter o triunfo que um jogo tão intenso merecia. No entanto, ainda houve tempo para um pouco de drama no final, quando uma bola longa de Falcone caiu no pé de Roberto Piccoli, que acertou um remate rasteiro de longe. Mas a alegria de Lecce foi interrompida depois de uma revisão do VAR ter anulado o golo por falta ofensiva, e os homens de D'Aversa ficaram frustrados, apesar de terem terminado uma espera de dois meses para marcar mais do que uma vez num confronto Serie A. Já o AC Milan terá de se contentar com uma diferença provisória de quatro pontos em relação ao quinto classificado, depois de ter desperdiçado uma vantagem de dois golos no segundo jogo consecutivo fora de casa e de ter perdido Giroud com o segundo cartão amarelo por protestos.

Monza 1-1 Torino

Para além do estado de forma das duas equipas, que vinham de uma vitória, esperava-se muito deste jogo também devido à presença de Matteo Pessina, Andrea Colpani e Alessandro Buongiorno, que tinham acabado de ser convocados para a seleção nacional por Luciano Spalletti. E embora os três não tenham brilhado particularmente no início da partida, o desafio no primeiro tempo não foi fácil, mesmo que o resultado tenha permanecido em 0-0.

Com o Toro mais proactivo e duas oportunidades para assinalar, uma de cada lado: o golo anulado a Ricardo Rodríguez devido a falta de Duvan Zapata sobre Luca Caldirola nos instantes que antecederam a ação, e o cabeceamento à queima-roupa de Roberto Gagliardini desviado por Vanja Milikovic-Savic.

Entre os granatas, destaque para mais uma lesão muscular: após cerca de meia hora de jogo, Karol Linetty foi substituído por Gvidas Gineitis.

A pressão do Torino foi recompensada aos 55 minutos, com Zapata a abrir espaço na área e a esperar que Ivan Ilic rematasse para canto com a sua esquerda.

A reação dos brianzoli foi imediata e o empate materializou-se dez minutos depois, não graças às alterações (Dany Mota Carvalho e Samuele Birindelli) mas com o "habitual" Colpani, que aproveitou um erro grave do recém-entrado Gineitis para furar Milinkovic-Savic a poucos passos. E' 1-1.

O ritmo baixou, mas isso não impediu o Torino de criar mais dois perigos com Ilic e Zapata.

O Monza terminou a partida no ataque e teve a bola para virar o jogo com o pé esquerdo do recém-chegado Valentin Carboni, mas o resultado não mudou mais, apesar dos quatro minutos de acréscimo e de um contacto duvidoso contra Nemanja Radonjic nos segundos finais.