Em comunicado, a Serie A pediu à Federação Italiana de Futebol (FIGC) para investigar os insultos proferidos por adeptos das duas equipas contra o avançado belga Romelu Lukaku, da Roma, e o médio francês Matteo Guendouzi, da Lazio.
A Serie A também denunciou um caso de "discriminação religiosa" por parte dos adeptos do conjunto laziale. A liga não deu pormenores, mas os adeptos da Lazio têm o hábito de insultar os adeptos da Roma chamando-lhes "judeus". Um grupo marginal de adeptos da Lazio está associado a grupos fascistas, apesar de ambos os clubes terem adeptos de extrema-direita nas suas fileiras.
Por último, a Serie A quer que seja investigado o único marcador do dérbi, o defesa da Roma Gianluca Mancini, que ergueu duas bandeiras no final do jogo, uma com as palavras"Anti-Lazio" e outra com as cores da Lazio e um enorme rato. Outros jogadores, como oargentino Paulo Dybala, juntaram-se aos festejos da vitória em frente à tribuna dos adeptos.
Nas bancadas, o romeno Stefan Radu, antigo defesa da Lazio, causou polémica ao envergar um capuz bordado com as iniciais "SS Lazio" - o duplo S corresponde ao nome completo do clube da Società Sportiva -, fazendo lembrar as insígnias nazis da"Schutzstaffel".
Embora não tenha havido violência nas bancadas, registaram-se confrontos entre os adeptos das duas equipas no exterior do estádio antes do pontapé de saída.
Recorde-se que vários incidentes racistas têm perturbado a época em Itália, incluindo insultos dirigidos ao guarda-redes francês do AC Milan, Mike Maignan, em janeiro. Depois de ter sido insultado pelos adeptos da Udinese, o francês abandonou o relvado, obrigando o árbitro a suspender temporariamente o jogo.
O caso levou as autoridades italianas do futebol a reagir, mas, em fevereiro, uma sondagem revelou que 16% dos italianos consideravam normal "gritar macacos ou atirar bananas aos jogadores negros" quando apoiavam uma equipa de futebol.