CAN: A vitória da Costa do Marfim é o final perfeito para a história de sucesso da prova

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CAN: A vitória da Costa do Marfim é o final perfeito para a história de sucesso da prova
A Costa do Marfim desafiou as probabilidades para se tornar campeã
A Costa do Marfim desafiou as probabilidades para se tornar campeãReuters
A vitória da equipa da casa na final da Taça das Nações Africanas (CAN) no domingo garantiu um final de história para um torneio fascinante, com a Costa do Marfim a celebrar o sucesso dentro e fora do campo.

O torneio, que durou um mês, estabeleceu novos padrões e teve muitas partidas emocionantes, começando com uma série de reviravoltas dramáticas e culminando com a vitória dos anfitriões. Os marfinenses derrotaram a Nigéria por 2-1 na final, completando uma reviravolta de conto de fadas depois de tropeçarem nas fases iniciais e de sofrerem a maior derrota já sofrida por um país anfitrião.

A goleada sofrida contra a pequena Guiné Equatorial no último jogo da fase de grupos foi o maior choque em 34 edições da Taça das Nações, que remonta há mais de seis décadas. A Costa do Marfim ficou à beira da eliminação, mas conseguiu passar para a fase seguinte com a última vaga dos melhores terceiros, demitiu o técnico, mudou a escalação e, aos poucos, ganhou força.

"Depois daquela bofetada, foi difícil, mas isso ajudou-nos a voltar ainda mais fortes para aproveitar a nossa segunda chance e mostrar a todos que éramos os melhores", disse o médio marfinense Seko Fofana.

O torneio parecia destinado a um desfecho de luxo, depois de ter começado com resultados surpreendentes que fizeram com que vários candidatos de peso caíssem precocemente, uma vez que as equipas que não estavam em posição de destaque se mostraram mais do que competitivas no torneio de 24 equipas.

Cabo Verde, o menor dos países participantes, eliminaou Gana logo no início e ficou a um penálti de uma vaga nas meias-finais. A Guiné Equatorial também teve um desempenho extraordinário e o capitão Emilio Nsue, de 34 anos, que joga num clube da terceira divisão em Espanha, acabou por ser o melhor marcador do torneio.

Os jogadores que mais se destacaram foram dois dos mais importantes, que tiveram torneios decepcionantes.

O atacante egípcio Mohamed Salah saiu com uma lesão no tendão, Sadio Mané voltou para casa após os oitavos, enquanto o Senegal, detentor do título, foi eliminado. Marrocos, que chegou às meias-finais do Mundial-2022 há 14 meses, foi eliminado na mesma fase, mais uma vez não conseguindo fazer jus ao seu status de favorito antes do torneio.

Espetáculo colorido

A Taça das Nações sempre foi um espetáculo colorido, muitas vezes animado por controvérsias em campo ou por tumultos fora dele, mas também muitas vezes criticado pela fraca qualidade dos jogos. Nos últimos torneios, as bancadas também estiveram vazias em jogos que não envolviam os anfitriões.

Mas a Costa do Marfim, que adiou a data do torneio seis meses para evitar a estação das chuvas na África Ocidental, mudou essa perceção, ajudada pela elevada qualidade dos campos e pela boa assistência na maioria dos jogos.

Costa do Marfim festeja com o troféu
Costa do Marfim festeja com o troféuReuters

"Com a imagem que mostrámos hoje, África deve estar orgulhosa", disse o capitão da Costa do Marfim, Serge Aurier, após a final de domingo: "Progredimos, quer se trate das equipas, dos estádios, do ambiente de vida."

A CAN de 2025 terá lugar em Marrocos, onde se espera que as infra-estruturas sejam ainda melhores. Mas ainda não há clareza por parte da Confederação Africana de Futebol quanto à data de realização do evento, seja no início do ano ou em junho-julho, altura em que chocaria com o novo Campeonato do Mundo de Clubes alargado da FIFA.