Há quase doze anos que o Lyon não vence a Taça de França, o que é uma eternidade para um clube da sua importância, ainda que esta tenha sido menos impressionante na última década. No entanto, Marselha, Mónaco e Saint-Étienne esperam há muito mais tempo para reencontrar o sabor do troféu.
Pierre Sage sabe que tem de manter as expectativas em perspetiva, tanto mais que o título não é certamente esperado tendo em conta a época atual. Apesar do otimismo recente graças a resultados relativamente positivos, Alexandre Lacazette e os companheiros inevitavelmente fizeram da Ligue 1 sua prioridade.
Mas acontece que, nas últimas cinco campanhas, o Lyon chegou pelo menos aos quartos de final, incluindo as meias-finais três vezes (2019, 2020 e 2023). E é aí que se começa a pensar que os Les Gones têm algo a disputar, pois o plantel parece finalmente unido em torno do seu treinador. A euforia reinante pode ajudá-los a chegar longe. Desde que consigam superar o obstáculo desta quarta-feira.
"Temos três ausências. Johann Lepenant voltou a treinar com a equipa, mas não poderá estar no plantel. Henrique está fora. Dejan Lovren já estava a sofrer de dores antes do jogo com o Marselha e vai ficar de fora amanhã (quarta-feira). Estamos à espera de notícias sobre a situação de Saïd Benrahma. Orel Mangala vai estar presente", disse Sage na conferência de imprensa de antevisão do jogo de terça-feira.
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Atualmente em 15.º lugar na Ligue 1 após 20 jogos, o Lyon tem três pontos de vantagem sobre a equipa em zona de play-off de manutenção (Metz). Além disso, o Toulouse, 12.º, está apenas um ponto à frente. Se, no outono, a situação parecia dramática, melhorou claramente e agora começa a ser possível olhar mais para cima.
Sem deixar de pressionar, Sage e os seus homens podem esperar o melhor da Taça de França. No entanto, ainda há uma montanha a ser escalada. Com quatro vitórias, o Lyon somaria a sexta taça na galeria de troféus. Mas quando olhamos para as equipas que ainda estão em disputa, o PSG continua lá, tal como o Rennes, o Nice e o Mónaco. São as grandes equipas do campeonato e podem ter hipóteses de conquistar o título.
"A nossa época está a ser disputada em duas frentes. A Taça de França é uma competição que pode ser importante para uma possível qualificação para as provas europeias. O nosso principal objetivo é mantermo-nos na Ligue 1. Mas não estamos a descurar nada. Vamos colocar em campo a equipa mais competitiva que pudermos para nos qualificarmos", acrescentou o treinador do Lyon.
É claro que, nesta fase da competição, todas as equipas querem chegar ao fim. No entanto, é claro que algumas delas têm mais hipótesesde conseguir isso. O campo ainda não está totalmente aberto, mesmo que outras equipas mais modestas estejam a resistir , como o Puy Football 43 Auvergne, o AS Saint-Priest e o FC Rouen.
Apesar de todos estes factores, não é certamente isso que os dirigentes do Lyon têm em mente a poucas horas do pontapé de saída contra o Lille.
Tal como no ano passado - foi a 8 de fevereiro - Gones e Dogues defrontam-se na oitava ronda da Taça. Os visitantes vão querer vingar-se, uma vez que a equipa treinada na altura por Laurent Blanc venceu nos penáltis (4-2). Para a equipa de Pierre Sage, passar à próxima ronda na quarta-feira à noite daria ainda mais esperança de chegar à final no sábado, 25 de maio - que não terá lugar no Stade de France com os Jogos Olímpicos no horizonte.
O Lille pode pagar o preço de uma equipa que se libertou da pressão com uma nova alegria de viver.
"A Taça de França é importante, pois permite-nos jogar mais jogos. A sequência de jogos é positiva, especialmente quando você tem uma base de jogos anteriores para manter, como contra o Marselha", garantiu.