Benfica sem avançado: números não convencem, mas têm vindo a melhorar

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Benfica sem avançado: números não convencem, mas têm vindo a melhorar
Rafa tem sido opção quando o Benfica joga sem avançado fixo
Rafa tem sido opção quando o Benfica joga sem avançado fixoSL Benfica, Flashscore
O Benfica prepara-se para a última deslocação da época a Alvalade, mas sabe que ainda vai receber o Sporting na Luz, para a segunda mão da Taça de Portugal. Por isso, e lembrando outros jogos exigentes, Roger Schmidt poderá voltar a recorrer ao sistema sem avançados fixos.

Siga as principais incidências

Não é garantido que tal aconteça, até porque Arthur Cabral, Tengsted e Marcos Leonardo estão disponíveis para o jogo com os leões, mas esta temporada Roger Schmidt tem vindo a utilizar esse sistema em várias ocasiões distintas.

Sobressaem jogos grandes, como foram as partidas com FC Porto e Inter, ambas sem um avançado fixo, mas também sobressai... o Portimonense. A poucos dias de defrontar Sporting e FC Porto, estaria Roger Schmidt a ultimar detalhes?

Primeiro jogo, primeira experiência

Esta temporada, o Benfica já jogou seis vezes sem um avançado de raiz. A primeira foi em Aveiro, logo no início da temporada, na Supertaça.

O contexto é diferente do atual, uma vez que Arthur Cabral e Marcos Leonardo ainda não equipavam de encarnado e Gonçalo Ramos saiu perto da data do jogo com o FC Porto. Ainda assim, a escolha do treinador alemão não deixou de surpreender.

Sem grande êxito ao intervalo, com o FC Porto por cima e o resultado empatado (0-0), Roger Schmidt deixou a ideia em suspenso ao colocar Musa, que acabou por mudar o jogo a favor das águias. No entanto, o assunto não morreu aí.

Rafa foi o jogador mais central frente ao Portimonense
Rafa foi o jogador mais central frente ao PortimonenseSL Benfica, Opta by Stats Perform

Regresso em Itália

O facto de o Benfica ter voltado ao modelo tradicional deu a ideia de que Roger Schmidt teria esquecido aquela experiência de 45 minutos na Supertaça, mas a viagem a Milão fez o alemão recuperar essa tática.

Já com Arthur Cabral no banco de suplentes, o Benfica, que tinha entrado com uma derrota na fase de grupos da Liga dos Campeões, jogou com Rafa Silva e David Neres na frente.

A ideia passava por explorar a velocidade do internacional português e do internacional brasileiro, mas na prática acabou por não funcionar. De resto, os dois jogadores acabaram por pisar praticamente os mesmos terrenos e os encarnados terminaram a segunda jornada da fase de grupos sem pontos e sem golos marcados.

Benfica sem avançado fixo em Milão
Benfica sem avançado fixo em MilãoSL Benfica, Opta by Stats Perform

Saldo de golos preocupa

Feitas as contas e, ao fim desse jogo, o Benfica tinha atuado cerca de 125 minutos sem avançado fixo no onze inicial e trazia um saldo de zero golos marcados. Os sinais, pelos resultados e pouca produtividade ofensiva, podiam ter sido atenuados nas duas experiências seguintes. 

De forma consecutiva, o Benfica jogou sem avançado fixo nas deslocações a Arouca, para a Taça da Liga, e a Chaves, para a Liga Portugal, nas quais marcou quatro golos e não sofreu nenhum. Ao contrário das duas experiências anteriores, Roger Schmidt teve Gonçalo Guedes no onze inicial, mas é importante ressalvar que três dos quatros golos só surgiram depois da entrada de Arthur Cabral.

Rafa foi o jogador mais adiantado em Chaves
Rafa foi o jogador mais adiantado em ChavesSL Benfica, Opta by Stats Perform

Com apenas um golo marcado sem avançado fixo, num total de 226 minutos, a falta de produtividade ofensiva e o bom momento de Tengsted, primeiro, e Arthur Cabral, depois, motivaram Schmidt a repensar a estratégia para que o Benfica voltasse a jogar com um avançado fixo. De resto, foi assim que as águias atuaram numa sequência de 18 jogos (14 vitórias e quatro empates) até à partida em Guimarães.

Frente ao Vitória SC, num encontro claramente afetado pela chuva, o Benfica voltou a entrar sem um avançado fixo. A exibição não convenceu e as águias estiveram a perder, até Rafa empatar a partida aos 40 minutos.

Depois de 266 minutos, o Benfica tinha marcado dois golos com esta tática. Descontente com o rumo dos acontecimentos, Roger Schmidt voltou a chamar Arthur Cabral ao intervalo. No final, o brasileiro resgatou um ponto para as águias.

O mapa de calor de Rafa em Guimarães
O mapa de calor de Rafa em GuimarãesSL Benfica, Opta by Stats Perform

Portimonense para afinar?

Não deixa de ser estranho que Roger Schmidt tenha voltado a adotar este sistema numa altura em que parecia que Arthur Cabral começava a render ofensivamente, Marcos Leonardo marcava golos assim que saia do banco e Tengsted estava de volta.

Mas parece que esta não é uma estratégia para cair, mas sim para afinar.

Roger Schmidt explicou decisão de colocar Rafa na frente do ataque
Roger Schmidt explicou decisão de colocar Rafa na frente do ataqueSL Benfica, Opta by Stats Perform

Por isso, o Benfica voltou a entrar em campo sem avançado na receção ao Portimonense, o que, a poucos dias de jogos com Sporting e FC Porto, não parece mero acaso.

Depois de não marcar qualquer golo durante 45 minutos, a segunda parte foi bem mais prolífica e a melhor das águias nos seis jogos neste sistema tático, com quatro tentos. Rafa fez dois golos e uma assistência e pode ter dado ao treinador os sinais de que as melhorias estão a surgir numa altura em que a época entra numa fase decisiva, mas serão esses sinais suficientes para jogos de outro calibre?

O posicionamento do Benfica sem avançado
O posicionamento do Benfica sem avançadoBenfica, Opta by Stats Perform

Veremos esta quinta-feira, na visita a Alvalade, às 20:45.

Siga o relato no site ou na app
Siga o relato no site ou na appFlashscore