Bilhete para as meias estava no balneário: FC Porto dá a volta nos Açores e apura-se na Taça

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Bilhete para as meias estava no balneário: FC Porto dá a volta nos Açores e apura-se na Taça
Atualizado
Santa Clara e FC Porto defrontam-se para os quartos de final da Taça de Portugal
Santa Clara e FC Porto defrontam-se para os quartos de final da Taça de PortugalFC Porto, Opta by Stats Perform
Em dias separados e com duas partes bem diferentes uma da outra, o FC Porto conseguiu tirar bilhete para as meias-finais da Taça de Portugal na viagem aos Açores. O Santa Clara marcou no primeiro lance depois do retomar da partida, que tinha sido adiada por força das condições meteorológicas, por Rafael Martins, mas a reviravolta portista, inspirada por Francisco Conceição, consumada por Evanilson e Galeno, foi suficiente para marcar encontro com o Vitória SC na fase seguinte.

Recorde as principais incidências

Quando compramos um bilhete para um espetáculo com a devida antecedência e o artista acaba por adiar por motivos pessoais, seja uma gripe ou a morte de um familiar, o ser humano pensa sempre primeiro em si próprio. Por isso, ninguém terá ficado satisfeito com o adiar da partida entre o Santa Clara e o FC Porto, mesmo que o campo só estivesse praticável para jogadores como Belluschi, recordado a cada temporal em Portugal continental e nas ilhas.

O onze das duas equipas
O onze das duas equipasFlashscore

Pelo meio, não se perderam jogadores. Curiosamente, só mesmo o árbitro teve de ser substituído, com Gustavo Correia a ser rendido por Cláudio Pereira, por lesão do primeiro. Por outro lado, perderam-se 27 minutos de um jogo já com alguma história, no qual Evanilson por pouco não abriu o ativo e o Santa Clara teve um golo anulado a Vinícius Lopes, por fora de jogo.

Com o sol a brilhar em Ponta Delgada, sem se saber ao certo por quanto tempo, as duas equipas reencontraram-se já a saber que o Vitória SC estava à espera de adversário para as meias-finais. Pouco habitual num jogo de futebol, a partida foi retomada num lançamento de linha lateral. Com as mãos, ao bom estilo de um jogo de andebol, o Santa Clara mostrou que, apesar da pouca representatividade açoriana nessa modalidade, havia possibilidade de discutir a eliminatória, apesar da diferença de divisões.

Desatenta, a equipa do FC Porto sentiu mais o peso de ter de marcar presença neste espetáculo numa data mais tardia, depois de um empate penalizador em Barcelos. Mantendo o tónico da reta final da partida com o Gil Vicente, os azuis e brancos acabaram por sofrer logo nos segundos após o tal lançamento.

Rafael Martins (27 minutos) aproveitou uma defesa incompleta de Diogo Costa para, depois da primeira tentativa de Pedro Pacheco, fazer o 1-0. Para um adepto neutro, foi como abrir o concerto com um dos melhores hits. Afinal, foram meros seis segundos desde o lançamento ao golo do 1-0.

Se havia algum descontentamento na comitiva portista pela nova viagem aos Açores a poucos dias da receção ao Benfica, esse era um sentimento que tinha rapidamente de ficar para trás das costas. 

Sérgio Conceição foi rápido a mudar as coisas, colocando a equipa a jogar com três centrais - Pepê na direita e João Mário à esquerda -, mas o FC Porto, apesar dos cinco pontapés de canto consecutivos e do vento a seu favor, limitou-se a tocar baladas quando o jogo pedia claramente um ritmo diferente.

As estatísticas da partida ao intervalo
As estatísticas da partida ao intervaloFlashscore

Por isso, o treinador portista lançou Namaso na segunda parte, mas acima de tudo foi o regresso a um modelo mais habitual que deu estabilidade ao FC Porto, que voltou à identidade que lhe é conhecida.

Os sinais iniciais foram bem diferentes daquilo que se assistiu no retomar da partida e o golo do empate acabou por não tardar.

As tais mudanças que trouxeram um ritmo diferente, com pressão mais alta e intensa, fizeram hesitar Pedro Ferreira, que acabou por entregar a bola a Francisco Conceição. O esquerdino começou a assumir aí o papel de lead singer do dragão nos Açores, ao criar a jogada para o golo de Evanilson (52 minutos), num remate que ainda desviou em Luís Rocha.

Por momentos, voltava tudo ao mesmo cenário, mas este já não era o mesmo FC Porto e percebia-se que, mais tarde ou mais cedo, a superioridade azul e branca iria imperar.

Novamente a partir do pé esquerdo de Francisco Conceição, Galeno (61 minutos) aproveitou a má receção de Nico González e confirmou a reviravolta com um remate forte de pé direito que, pela primeira vez na eliminatória, deixou o FC Porto na frente.

Só que, se noutras fases os jogadores portistas continuavam a insistir para chegar ao 1-3 e sentenciarem a eliminatória, o momento de maior inconsistência acaba por pesar nestas alturas e o FC Porto foi dando alguns tiros nos pés que acabaram por pôr o apuramento em causa.

Diogo Costa, que já não tinha estado bem no lance do golo inaugural, vacilou em dois momentos quase consecutivos. Primeiro, o internacional português foi salvo por Wendell, que cortou em cima da linha depois de uma má saída do guarda-redes portista, e, depois, pelo poste, quando Alisson Safira desviou na direção do poste.

Sustos suficientes para Sérgio Conceição reunir as trocas, jogar com o relógio e, de mansinho, seguir para as meias-finais da Taça de Portugal.

Homem do jogo Flashscore: Francisco Conceição (FC Porto)