Recorde as principais incidências

Um Sporting mais ambicioso do que nunca. Depois de alguns anos a apontar ao próximo jogo, Rúben Amorim aponta agora aos títulos que quer conquistar. Diz que depende deles para continuar, ou não, em Alvalade. Talvez por isso tenha feito poucas mexidas para o jogo contra o Tondela. Amorim quer conquistar a primeira Taça de Portugal como treinador e por isso aposta em jogadores como Gyökeres e Pedro Gonçalves para chegar ao Jamor.

Por outro lado, Tozé Marreco procurou defender-se, montou uma equipa com três centrais e um ataque móvel, que por pouco não ia fazendo estragos logo à primeira. Apesar da diferença entre os dois conjuntos, a última destas equipas a estar presente na final da Taça de Portugal foi mesmo o Tondela.

Rui Gomes tentou surpreender logo no arranque da partida, quando aproveitou um erro do estreante Rafael Pontelo para rematar ao poste da baliza de Franco Israel, que ainda desviou com a ponta da luva. O defesa-central,  novidade na equipa de Rúben Amorim, que não contou com Edwards devido a um síndrome gripal, acusou os primeiros minutos de leão ao peito e não teve uma primeira parte brilhante, apesar do domínio completo do Sporting.

Depois daquele primeiro susto, só deu verde e branco. Os erros do Tondela ajudaram ao avolumar do resultado e a que o Sporting conseguisse jogar de forma confortável no meio-campo beirão.

Que fome!

Pedro Gonçalves aproveitou para fazer dois golos no espaço de cinco minutos: o primeiro surge numa jogada criada por Gyökeres à direita e o segundo acontece após um erro de Leo Navacchio para recuperação e assistência de Daniel Bragança.

A partir daí, tudo mais fácil e menos interessante.

Uma vez mais, foi o susto causado por Rui Gomes, desta vez de cabeça, a fazer acordar o Sporting, que chegou ao intervalo com uma vantagem de três golos pelo inevitável Gyökeres. O sueco assistiu três vezes frente ao Estoril Praia, mas contra o Tondela limitou-se a cabecear depois do cruzamento perfeito de Nuno Santos para fazer o 3-0, que podia ter passado a 4-0, não fosse o fora de jogo de Paulinho que motivou a invalidação de um golo antes do intervalo.

No início da segunda parte, pouca coisa mudou. Hjulmand e Matheus Reis foram a jogo, mas o mais importante foi mesmo o 4-0, com Gyökeres novamente esfomeado à procura do golo. Quando a presa facilita, o sueco não vacila.

Depois das ofertas de Leo, foi Mezenga a vacilar e a permitir que o avançado fizesse o 20.º golo da temporada e sentenciasse uma eliminatória que pareceu decidida assim que Pedro Gonçalves abriu o marcador.

A verdade é que o Sporting não precisou de carregar muito para fazer mexer o marcador. Um dia cheio de erros do Tondela, bem aproveitados pela equipa de Rúben Amorim, facilitou a tarefa da formação leonina. 

Por isso, Coates voltou à competição, Afonso Moreira teve direito a alguns minutos e o Sporting geriu a partida como quis. Ainda assim, ficaram novamente dois avisos de bola parada, foco de fragilidade esta época na equipa de Alvalade: Daniel dos Anjos obrigou Israel a uma boa defesa e Abdoulaye teve o 4-1 anulado por fora de jogo.

Devagar, devagarinho, chegou o apito final e a confirmação do apuramento do Sporting para os quartos de final, sem sofrer golos, o que só aconteceu oito vezes esta época.

Melhor em campo Flashscore: Viktor Gyökeres (Sporting)