Recorde as incidências da partida
O Atleti entrou no relvado do Metropolitano animado pelos seus adeptos, com o tifo e o hino à capela. Antes do pontapé de saída, foi respeitado um minuto de silêncio em memória dos três adeptos do Sevilha que morreram num acidente de viação, quando se deslocavam a Madrid para assistir ao jogo.
Com a bola em jogo, durante a primeira parte, o Atleti dominou, mas quase não conseguiu criar perigo perante um Sevilha muito bem posicionado em campo, com a defesa de cinco elementos montada por Quique Flores, com Sergio Ramos, Marcão e Nianzou no centro da defesa e Navas e Pedrosa nas alas.
Tentativas tímidas de Morata e Ramos, que quase não geravam perigo de parte a parte, até que aos 25 minutos Marcão derrubou Morata dentro da área e o árbitro assinalou grande penalidade. Parecia que o caminho do Atleti para as meias-finais estava a ser pavimentado. Mas um especialista como Griezmann, que é também o melhor marcador de sempre do Atleti, não conseguiu converter a grande penalidade, pois escorregou no momento de bater e mandou a bola para as nuvens.
A segunda parte começou com mais intensidade e, sobretudo, com mais oportunidades. Griezmann esteve perto de marcar, após um remate acrobático a um cruzamento de De Paul, que saiu por cima.
O francês estava ansioso por agradar aos adeptos da casa e pouco depois rematou com o pé esquerdo ao ângulo superior, após um passe de Morata, mas o golo foi anulado por fora de jogo.
O Sevilha tinha de responder e fê-lo através de Marcão, que quase colocou a equipa de Quique Flores em vantagem, quando aproveitou um livre e rematou de primeira. Mas a bola foi pelo meio e Oblak estava no seu lugar.
Aposta em Memphis e Correa
Aos 66 minutos, o Atlético de Madrid fez uma dupla alteração, no mínimo surpreendente. El Cholo decidiu mandar a dupla de 37 golos para o banco, com o empate ainda por decidir. Saíram Morata e Griezmann, entraram Memphis e Correa. Depois, será preciso ver as explicações, pois um deles pode ter um problema físico.
E foi Depay quem quase entrou em campo e beijou a santa. Dois minutos depois de ter entrado em campo, ganhou à defesa do Sevilha e bateu Nyland. Mas estava em fora de jogo. Segundo golo anulado na partida.
O Sevilha tentou responder com um contra-ataque, entre Ocampos e Rakitic, que não deu frutos.
Correa serve e Memphis marca
Aos 78 minutos, o tempo deu razão a Cholo. Os dois jogadores que tinham substituído os avançados da moda fizeram o golo. Ángel Correa fez uma grande jogada pela direita, com uma habilidade extraordinária, o passe providencial do argentino e a grande finalização de Memphis Depay para bater Nyland.
O golo levantou o ambiente e o Metropolitano começou a cantar "I love you Atleti" a plenos pulmões. Não se sabe se Correa vai continuar no Atleti ou se vai fazer as malas. Seja como for, prestou um serviço extraordinário à sua equipa.
O Atleti ainda teve a oportunidade de aumentar o marcador, com uma assistência de Depay, que Samuel Lino rematou com perigo, mas Nyland defendeu.
Sergio Ramos avançou em busca do golo do empate, mas não conseguiu finalizar bem um cruzamento para a área.
Memphis queria continuar a vingar-se e, quase sem ângulo, desferiu um remate perigoso que passou ao lado do norueguês. Minutos de grande qualidade do neerlandês na Taça do Rei.
VAR retifica penálti de Barrios
E quando tudo parecia estar resolvido, na última jogada dos descontos, Erik Lamela penetrou na área vermelha e branca e foi derrubado por Pablo Barrios. Gil Manzano, desde logo, não teve dúvidas e apontou para a marca dos 11 metros. Mas depois retificou e recorreu ao VAR para verificar a jogada e decidiu que não houve falta dentro da área. Festa nas bancadas e protestos dos adeptos do Sevilha, a fechar a partida.