Tiger Woods, que teve uma época encurtada em 2023, com apenas duas partidas no PGA Tour, antes de ser submetido a uma cirurgia ao tornozelo em abril passado, vai dar o pontapé de saída na primeira volta do Masters na quinta-feira, depois de ter jogado 24 buracos de golfe oficial este ano e nenhum desde fevereiro.
Enfrentar o Augusta National sem muito jogo competitivo não é novidade para Woods, que teve um regresso famoso no Masters de 2022, onde terminou em 47.º lugar, apenas 14 meses depois de um acidente de viação em que os médicos quase lhe amputaram a perna direita.
Temperar as expectativas
Mas Tiger Woods precisa de horas de preparação para deixar o seu corpo pronto para uma partida de golfe, e o preço que um layout do Augusta National e um torneio vão ter sobre ele - particularmente as suas costas e perna reconstruída - terá que moderar um pouco as expectativas.
"Não há dúvida de que ele vai dar muitas tacadas boas e não há dúvida de que vai fazer alguns putts, mas será que consegue manter isso durante dois, três, quatro dias?", questionou o analista da ESPN, e duas vezes vencedor do Open dos EUA, Curtis Strange.
"Essa é a questão ... e é um grande ponto de interrogação", acrescentou.
Durante o Masters de abril passado, que foi assolado por chuva intensa, ventos fortes e temperaturas frias, Woods coxeava visivelmente e desistiu antes de completar a terceira ronda, devido a uma inflamação no pé.
A única partida de Woods no PGA Tour desde então foi em meados de fevereiro, no Genesis Invitational, onde se retirou abruptamente no início da segunda ronda devido a gripe, um dia depois de ter lutado contra espasmos nas costas durante os últimos buracos da primeira ronda.
Embora seja inevitável que Woods sofra de ferrugem de competição, pode ser reconfortante para ele jogar o Masters porque é o único Major masculino jogado no mesmo campo todos os anos e ele conhece o campo melhor do que ninguém.
Woods, que nunca falhou o cut no Masters como profissional, também estará à procura do seu 24.º cut consecutivo, depois de ter igualado Gary Player e Fred Couples no ano passado.
Como Woods tem uma probabilidade de 160-1 de ganhar o sexto título do Masters este ano, o facto de passar o cut e poder jogar no fim de semana pode ser considerado uma vitória para o golfista mais condecorado da sua geração.
"Se lhe perguntarem na conferência de imprensa, e tenho a certeza que o farão, ele dir-vos-á que está ali para competir e ganhar. Ele está a falar a sério. Não é pretensioso", disse Scott Van Pelt, da ESPN.
"Mas penso que, discretamente, apenas com a mente dele na sexta-feira, se disser que jogou suficientemente bem para jogar mais duas rondas, diria que isso é uma vitória", acrescentou.