"Se não explicar bem ou de forma mais razoável por que pagava, penso que sim", respondeu Javier Tebas, em conferência de imprensa, quando questionado sobre se Joan Laporta deveria demitir-se.
"Ainda acredito que não foi dada uma explicação razoável para estes pagamentos e que só se falou disto de uma forma muito superficial. Agora há a lei do silêncio", acrescentou.
O diário El Mundo publicou, na semana passada, que o Barcelona pagou mais de seis milhões de euros desde 2001 a José María Enríquez Negreira, antigo vice-presidente do CTA, entre 1994 e 2018, para que este aconselhasse o clube em questões de arbitragem.
Segundo a mesma publicação, o emblema blaugrana prescindiu dos seus serviços em 2018, ano em que o antigo responsável deixou o organismo.
"O comunicado que o Barcelona emitiu, assim que o escândalo rebentou, fazia parecer que todos os clubes de futebol estavam a fazer isto, quando é claro que não estavam", disse Tebas antes de especificar que "uma coisa é que tenham antigos árbitros e outra coisa é que tenham antigos árbitros que estão no CTA".
"Terão de dar uma explicação", insistiu o presidente da LaLiga, reforçando que este é "um tema" que gostaria "de ver esclarecido, mesmo que seja tão antigo".
"Não são três temporadas, são muitas. Para além disso, com diferentes direções, cujos elementos teoricamente falavam uns com os outros", sustentou Tebas.