Luis Enrique pediu "1.000 penáltis" como trabalho de casa aos jogadores antes do Mundial

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Luis Enrique pediu "1.000 penáltis" como trabalho de casa aos jogadores antes do Mundial

Luis Enrique acredita que penáltis não são uma lotaria
Luis Enrique acredita que penáltis não são uma lotariaAFP
O selecionador espanhol diz ter pedido aos jogadores elegíveis que praticassem 1.000 penáltis nos meses que antecederam o Mundial-2022 por acreditar que esse momento não é uma lotaria.

A Espanha defronta Marrocos nos oitavos de final da competição, fase a eliminar a partir da qual se abre a possibilidade de disputa de prolongamento e, eventualmente, de um desempate por grandes penalidades.

Recorde-se que a seleção campeã do mundo em 2010 bateu a Suíça nos penáltis no Euro-2020, disputado no ano passado, antes de perder da mesma forma diante da Itália, nas meias-finais.

"Há um ano, num dos estágios, disse-lhes (aos jogadores) que tinham que chegar cá com pelo menos 1.000 penáltis batidos. Imagino que tenham feito o trabalho de casa. Se esperam até chegarem cá para praticar...", sublinhou o selecionador, deixando a entender que o trabalho feito no Catar não será suficiente a esse nível e que o momento de decisão "não é lotaria".

"É um momento de máxima tensão, uma altura para o jogador mostrar o nervo e provar que pode bater um penálti da forma que decidiu caso já o tenha treinado mil vezes", insistiu.

"Diz muito sobre cada jogador. A forma como se gere a tensão é algo que pode ser treinado, controlado. É cada vez menos sorte e os guarda-redes têm mais influência. Nós temos guarda-redes muito bons, cada um dos três pode sair-se muito bem numa situação dessas. Sempre que terminamos um treino, vejo muitos jogadores a baterem penáltis", revelou Luis Enrique. 

O técnico aproveitou ainda para responder às críticas ao estilo de jogo da Espanha, que procura sair com bola controlada desde a defesa, o que promove a pressão dos adversários em zonas consideradas perigosas, como na jogada que resultou no primeiro golo do Japão, com uma perda de posse à entrada da área defensiva.

"Cada equipa tem as suas armas. Nós queremos colocar a bola da melhor forma possível nos avançados. Se tivermos que bater uma bola longa, é o que faremos. A interpretação tem de ser feita em campo", explicou, visando quem critica:

"Não faz sentido dizer que, contra o Japão, não teríamos sofrido o primeiro golo caso tivéssemos colocado a bola na frente, porque, da mesma forma, não teríamos marcado qualquer golo se estivéssemos sempre a lançar bolas longas. Vamos continuar a sair a jogar desde a defesa, é o que queremos", assegurou.

Luis Enrique confirmou ainda que Cesar Azpilicueta recuperou da mazela sofrida no último jogo e que tem todo o plantel à disposição na antecâmara do jogo dos oitavos de final do Mundial-2022.