Graças a uma demonstração de capacidade no grupo F, Marrocos terminou a campanha na fase inicial do Mundial-2022 no primeiro lugar, aumentando para quatro jogos a série invencível na competição (duas vitórias e um empate no Catar, aos quais se junta um empate frente a Espanha, na Rússia, em 2018). Agora, procura igualar o registo dos Camarões, que, em 1990, se tornaram na primeira equipa africana sem conhecer o sabor da derrota por cinco jogos consecutivos em Campeonatos do Mundo.
O sucesso dos Leões do Atlas, até ao momento, teve por base a defesa robusta e compacta, que apenas concedeu um golo durante toda a fase de grupos, o que ajudou a estender o recorde da seleção quanto ao número de jogos sem golos sofridos, o que aconteceu em seis dos últimos sete encontros.
Depois de bater a Bélgica, segunda classificada do ranking FIFA, Marrocos não deverá temer a Espanha, atual sétima colocada.
A formação agora liderada por Luís Enrique foi eliminada nos oitavos de final na Rússia e não passa dos quartos de final desde 2010, ano em se sagrou campeã mundial. Isto trará, certamente, uma motivação extra à seleção espanhola, associada ao facto de não terem perdido em quatro dos últimos cinco jogos diante de conjuntos africanos (três vitórias e um empate).
Jogadores a observar: O avançado Youssef En-Nesyri procura tornar-se no primeiro jogador de sempre de Marrocos a marcar três golos numa única edição do Mundial, enquanto, de entre os jogadores com três ou mais golos no Mundial-2022, nenhum tem um rácio de golo por minuto melhor que o de Álvaro Morata, que festeja a cada 42 minutos pela Espanha.
Estatística em destaque: A Espanha marcou pelo menos um golo nos primeiros 15 minutos em três dos seus últimos quatro jogos.
Curiosidade do Mundial: A única derrota de Espanha diante de uma seleção africana num Mundial foi em 1998, diante da Nigéria (3-2). Luis Enrique, atual selecionador nacional espanhol, era na altura jogador e integrou o onze titular nesse encontro.