Fórmula 1: Previsão da época 2023 - Todos contra Verstappen, janela para Alonso e Ferrari

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Fórmula 1: Previsão da época 2023 - Todos contra Verstappen, janela para Alonso e Ferrari
A nova temporada de Fórmula 1 arranca este fim-de-semana com o Grande Prémio do Bahrain
A nova temporada de Fórmula 1 arranca este fim-de-semana com o Grande Prémio do Bahrain Profimedia
Bem-vindos à 74.ª edição do Campeonato Mundial de Fórmula 1, que tem decorrido regularmente desde 1950. Esta temporada teremos pela frente uma série de histórias interessantes. Max Verstappen (25 anos), bicampeão do Mundo, procura o terceiro triunfo consecutivo, enquanto a Ferrari, um dos grandes rivais, tem um novo patrão. Temos ainda o regresso, vários anos depois, do circuito de Las Vegas.

Como irão as equipas reagir à exigente temporada, pela primeira vez com 23 Grandes Prémios? E como irá o público reagir às três corridas nos Estados Unidos? Poderá o sete vezes campeão Lewis Hamilton acrescentar mais uma vitória ao seu recorde de 103 triunfos? A nova temporada de Fórmula 1 começa este fim-de-semana no Bahrain e o Flashscore apresenta-lhe a previsão de 2023, feita pelo nosso especialista e comentador de automobilismo, Zdeněk Míka.

O tema principal

Vamos preparar-nos para que a perseguição a Max Verstappen continue. Este será o tema principal da temporada. O piloto neerlandês mostrou força nos testes e parte como claro favorito. Talvez possamos assistir ao oposto do que sucedeu na última época, quando a Red Bull perdeu no início mas gradualmente foi-se tornando dominante. Esta temporada não se esperam problemas no início mas eles podem vir a surgir durante o ano. A Red Bull, recorde-se, tem uma penalização por exceder o limite orçamental e não poderá, assim, testar tanto quanto gostaria ao longo da época.

A motivação de Verstappen

Apenas quatro pilotos na história da Fórmula 1 conseguiram vencer durante três anos consecutivos: Juan Manuel Fangio, Michael Schumacher, Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. Max Verstappen tem, definitivamente, o potencial para ser o quinto piloto nesta lista. O neerlandês venceu 15 das 22 corridas do ano passado e, esta época, a Red Bull ainda parte com o carro mais forte. Mas aqui também entra o apoio da própria equipa. Existe a expectativa para perceber se Sergio Pérez, que teve um enorme desentendimento com Verstappen na última temporada, possa vir a ser substituído por Daniel Ricciardo, australiano que regressou à equipa, agora como piloto de reserva, podendo saltar para um dos dois monolugares a qualquer altura.

As hipóteses da Ferrari

Este é um dos grandes temas da nova temporada. Fred Vasseur é o novo chefe de equipa da Ferrari, alguém reconhecidamente trabalhador, orientado para os objetivos. Ao mesmo tempo, e após muitos anos, a Ferrari tem alguém que não vem diretamente daquele ambiente estável de Maranello, algo que nunca aconteceu desde o fim da era Schumacher. Fred Vasseur vem de fora, tem experiência da Renault, da Sauber e da Alfa Romeo, mas as interroogações agora na Ferrari são mais que muitas. A posição dos pilotos é igualmente uma dúvida, com Vasseur a afirmar que tem dois pilotos igualmente bons - resta saber até que ponto a Ferrari respeitará esse equilíbrio. Carlos Sainz tem grandes ambições, Vasseur está muito mais próximo, ligados pelo passado, de Charles Leclerc - é a terceira vez que vão trabalhar em conjunto.

O regresso a Las Vegas

O regresso do Grande Prémio de Las Vegas é, definitivamente, algo positivo para a Fórmula 1. Com este comeback, os Estados Unidos recebem três corridas do calendário numa só temporada, algo sem precedentes na história da modalidade, e uma confirmação de que a Liberty Media está a fazer um bom trabalho, levando a Fórmula 1 ao público americano. Será logisticamente exigente, a época será diferente mas abrem-se igualmente outras possibilidades. Em qualquer caso, no passado já houve duas corridas em Las Vegas, mais precisamente nos anos 80, quando a corrida se denominava de Grande Prémio Caesar's Palace, hotel em torno do qual o circuito foi montado. Os pilotos não gostaram dessa experiência mas, muito provavelmente, as coisas serão diferentes desta vez. Agora os Estados Unidos têm uma abertura ainda maior para abraçar a Fórmula 1, graças á popular série da Netflix, Drive to Survive.

Como será Lewis Hamilton?

A interrogação passa por perceber se o piloto britânico da Mercedes ainda será capaz de acrescentar mais alguma coisa ao currículo de 103 vitórias. Antes da época, a dúvida passava por perceber se ele iria ou não prolongar o seu contrato. Agora, é garantido que continua e pode, certamente, acrescentar mais triunfos à sua lista. A Mercedes, recorde-se, venceu apenas uma corrida no ano passado. E, vencendo novamente esta época, a outra pergunta é que piloto estará no lugar mais alto do pódio, uma vez que George Russell já marcou mais pontos para a Mercedes na última temporada e Hamilton foi claro ao dizer que, para ele, não havia diferenças, porque de qualquer forma estava afastado do título. Não será de todo uma surpresa se o britânico deixar a Mercedes no final da temporada que agora começa. 

Fernando Alonso ainda tem tudo

Apesar de ser o piloto mais velho da grelha, com 41 anos, Fernando Alonso não teve grandes dificuldades em ficar no top 10 da última temporada. Este ano, mediante as circunstâncias, pode claramente chegar ao top 5 e mantém o potencial para subir ao pódio. Alonso tem a energia e tem a motivação, imposta por uma renovação de contrato de dois anos - e logo aí surge o sinal que não está a adiar a reforma ano após ano. Definitivamente, Fernando Alonso vai à pista para somar. A Aston Martin surge com alma renovada e, de acordo com os testes, parece ser a quinta equipa mais rápida neste arranque. Juntamente com a Alpine, afigura-se uma luta pelo 4.º lugar nos Construtores e, graças a Alonso, que tem muita experiência de condução, assistiremos aqui a uma interessante batalha.

Os novatos

São três os rookies da temporada 2023, tal e qual aconteceu em 2019, quando outro trio - Lando Norris, Alex Albon e George Russell - tive impacto imediato. Agora teremos Oscar Piastri, que teve uma carreira de júnior fantástica, com várias comparações com Lewis Hamilton em termos de talento.

Temos depois Nyck De Vries, que não é de facto um absoluto novato, uma vez que já leva 28 anos de idade e no ano passado surgiu em pista, perante o facto de Albon estar doente, e ganhou imediatamente dois pontos, terminando no nono lugar.

Há, finalmente, Logan Sargeant, treinado pela Williams na sua academia. Mesmo sendo, à partida, a equipa mais fraca, a aposta no piloto americano foi clara e forte. O facto de Mick Schumacher ter caído de produção, o que custa muito dinheiro às equipas mais pequenas, foi igualmente determinante, e talvez seja muito por aí que Schumi júnior não tenha salvo a participação direta na Fórmula 1 este ano, mesmo na Williams. Se Sargeant não tivesse somado aqueles dois pontos necessários para uma super licença, talvez Schumacher tivesse continuado.