Aqui estão três pontos de discussão do Circuito Internacional de Xangai no fim de semana:
Zhou leva o público à loucura
O primeiro piloto de Fórmula 1 chinês, Zhou Guanyu, foi um grande atrativo ao fazer a estreia em casa.
O GP da China foi realizado pela primeira vez em 2004 e sempre houve multidões entusiastas da F1 em Xangai, mas a presença de Zhou aumentou os níveis de excitação para um nível febril. Os bilhetes para a corrida de domingo esgotaram em minutos quando foram postos à venda, as enormes bancadas estiveram cheias durante todo o fim de semana e a imagem de Zhou foi espalhada por toda a sua Xangai natal durante as semanas que antecederam a corrida.
As dezenas de milhar de pessoas que queriam ver o herói da sua terra natal gritaram um rugido de cortar a respiração quando ele chegou ao top-10 da qualificação para o sprint.
"O apoio do público tem sido incrível, algo que nunca senti na minha vida", disse Zhou, que terminou em 14.º no volante da Sauber na corrida de domingo e estava em lágrimas quando o público se levantou para o aclamar.
"Hoje dei o meu melhor, mas infelizmente não foi suficiente para ganhar os pontos, mas para a próxima voltamos a tentar", disse Zhou emocionado: "Estou muito feliz por ver toda a multidão. Não há palavras. Uma mistura de emoções e um dia para recordar. Espero que, no futuro, mais pilotos do meu país venham a pisar aqui."
Este paí ainda é para velhos
Os dois pilotos mais velhos da grelha mostraram por que razão se justifica que continuem a ter 40 anos com algumas exibições vintage na China.
Lewis Hamilton, de 39 anos, e Fernando Alonso, de 42, têm nove títulos mundiais entre eles e mostraram o porquê quando chegaram ao segundo e terceiro lugares da grelha de partida numa traiçoeira sessão de qualificação de sprint.
Hamilton liderou com o seu Mercedes durante sete voltas antes de ser apanhado por Verstappen e passou do 18.º lugar da grelha para o nono no Grande Prémio com um carro de baixo desempenho.
"Assumir a liderança fez-me lembrar o que tanto gosto neste desporto", disse Hamilton, que vai mudar para a Ferrari na próxima época.
Alonso colocou o seu Aston Martin em P3 para a corrida principal e, em seguida, passou o Red Bull de Sergio Perez no início antes de terminar em sétimo e levar o ponto para a volta mais rápida.
Alonso não se desculpou por ter ultrapassado muitos dos seus rivais mais jovens.
"Não podemos pedir desculpa por termos sido demasiado rápidos na qualificação", disse Alonso, que prolongou o seu contrato com a Aston Martin até ao final de 2026, altura em que terá 45 anos: "Então vamos aproveitar".
Horner responde Perez
Embora o cheiro de escândalo em torno de Christian Horner possa ter desaparecido por enquanto, o chefe da Red Bull nunca está longe da controvérsia do paddock.
Este fim de semana, Horner criticou abertamente o piloto Sergio Perez, que não tem contrato no final de 2024, depois de o mexicano ter dito aos jornalistas que esperava que o seu futuro fosse decidido em breve.
"O Sergio, claro, gostaria de fazer um anúncio amanhã, sem dúvida, mas nós, como equipa, não temos pressa", disse Horner: "É incrível que estejamos na quinta corrida (da época) e já se fale tanto de pilotos para o próximo ano".
"Estamos numa posição afortunada em que muitos pilotos gostariam obviamente de pilotar para a equipa", acrescentou, com Carlos Sainz, da Ferrari, de saída, a ser um dos que estão de olho no lugar de ouro ao lado de Max Verstappen.
Pérez começou 2024 com força, com três segundos lugares e um terceiro em cinco corridas, mas Horner avisou que precisava manter o ritmo se quisesse ficar com a Red Bull.
"Só queremos garantir que o nível de consistência com que o 'Checo' começou a temporada seja mantido e, no devido tempo, avaliaremos as opções", asseverou.