Opinião: Ferrari, o que fazemos agora com Carlos Sainz?

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Opinião: Ferrari, o que fazemos agora com Carlos Sainz?
Carlos Sainz celebra a sua vitória na Austrália
Carlos Sainz celebra a sua vitória na AustráliaProfimedia
Na atual ditadura da Fórmula 1, dominada com mão de ferro por Max Verstappen, apenas um piloto, Carlos Sainz (29), tem conseguido tirar partido das suas poucas fragilidades. O espanhol, descartado pela Ferrari para dar lugar a Lewis Hamilton, já conseguiu duas vitórias nesta era "Verstappiana".

Podem chamar-me aproveitador. Ou que elogio Sainz por ser espanhol. Mas é agora mesmo que temos de pegar no que Carlitos fez. Não só por causa da vitória, mas também. É o único capaz de disputar o absolutismo do neerlandês voador desde o ano passado. Mas também pela forma como o fez, apenas duas semanas depois de ter sido operado a uma apendicite.

Qualquer um de nós ainda estaria a convalescer, sem sair da cama e muito menos pensar em fazer movimentos bruscos ou exercício físico. Mas Carlos Sainz, tal pai, tal filho, vestiu o fato-macaco, o capacete e começou a voar em Albert Park.

E o feito não deve ser diminuido pela desistência de Verstappen devido a uma avaria. Havia outro Red Bull, e os McLarens e, claro, o seu companheiro de equipa, o "escolhido". Ou não. Porque Leclerc é, sem dúvida, talentoso. E muito. Especialmente numa volta. Mas tem lutado para ser consistente, para dar o seu melhor sob pressão. E assim não é possível ser campeão do mundo.

Caráter vencedor depois de ter ficado sem lugar na Ferrari

Apesar disso, a Ferrari preferiu o monegasco como homem do franchise. E sacrificou Sainz para contratar Hamilton, que também tem estado errático desde que não tem o melhor carro da grelha. Coincidência?

O fato é que o piloto espanhol venceu o duelo com Leclerc no seu primeiro ano, 2021, no Cavallino Rampante (164,5 pontos contra 159). Perdeu em 2022 claramente (246 contra 308). Mas teria vencido em 2023 (200 a 206) se não fosse por aquela última corrida em que tantas coisas estranhas aconteceram no seu carro.

Portanto, não houve uma diferença tão grande e, se houve, basta olhar para quem conseguiu uma vitória em corridas, fora da Red Bull, desde 2023. Duas a zero, para ser exato.

Pois... e agora? Bem, na Ferrari, tenho a certeza, haverá mais do que um que está a pensar se cometeram um erro e se, em vez de Carlos, deviam ter mantido Carlos. Espero que outras grandes equipas, que lhe permitam lutar por vitórias, valorizem a sua capacidade de condução acima de outras questões. Em Maranello, não souberam apreciá-lo.

César Suárez
César SuárezFlashscore