Antes da última etapa de domingo, apenas dois pilotos continuam na luta, separados por 16,7 segundos: os Toyotas de Ogier, oito vezes campeão do mundo, e de Rovanperä, 22 anos, atual campeão e líder do campeonato.
Os outros pilotos estão mais de dois minutos atrás, incluindo Takamoto Katsuta e Elfyn Evans, dois outros Toyotas, pelo que a equipa japonesa poderá ocupar os quatro primeiros lugares nesta sétima etapa da época (em 13), tal como no ano passado.
Desde o seu regresso ao calendário em 2021, o Quénia ganhou a reputação de ser a corrida mais dura do ano. É por isso que parece normal que os melhores vençam no rali africano: Ogier em 2021, Rovanperä em 2022.
Nesta prova por eliminação, o belga Thierry Neuville (Hyundai) e o estónio Ott Tänak (M-Sport Ford) foram as grandes vítimas: segundo e terceiro no campeonato antes de aterrar em África, estão respetivamente 24 e 8 minutos atrás.
Neuville, que abandonou a prova na sexta-feira, conseguiu arrancar no sábado para apanhar algumas migalhas, nomeadamente nos pontos de bónus da Power stage, a última especial de domingo. Ogier (39 anos) pode estar a par de Neuville, Evans e Tänak na classificação, ou mesmo ultrapassá-los, apesar de o francês só estar a competir em alguns ralis esta época. Ausente na Suécia e em Portugal, falhará outras provas.
Ogier, com o seu programa parcial, não é portanto um rival direto de Rovanperä, e o finlandês sabe-o.
A Hyundai continua o seu fim de semana catastrófico, com mais um abandono no sábado, o do piloto finlandês Esapekka Lappi, devido a problemas mecânicos.