O Barcelona e os seus ex-dirigentes - entre os quais se incluem também Albert Soler e Óscar Grau, antigos diretor desportivo e executivo do clube, respetivamente - são acusados de delitos de corrupção em negócios, na vertente de fraude desportiva, bem como gestão desleal e falsificação de documentos pelos pagamentos realizados entre 2010 e 2018, altura em que Negreira era o número dois do CTA, responsável, entre outras funções, por comunicar promoções e despromoções de árbitros.
De acordo com a investigação que tem sido levada a cabo pelo Ministério Público desde há quase um ano, Enríquez Negreira terá cobrado mais de sete milhões de euros aos blaugrana desde 2001. Ainda assim, a queixa só engloba os anos posteriores a 2010, já que as alegadas irregularidades anteriores prescreveram.
Para o Ministério Público, a denúncia justifca-se já que Negreira, "na sua qualidade de vice-presidente do CTA e em troca de dinheiro, realizou acções destinadas a favorecer o Futbol Club Barcelona na tomada de decisão dos árbitros nos jogos disputados pelo clube, e, dessa forma, nos resultados das competições".