Com o apuramento esta quarta-feira de merengues e napolitanos, no último dia da segunda mão dos oitavos, o puzzle ficou completo, com os encarnados a ficarem a conhecer todos os clubes que lhe podem calhar no sorteio de sexta-feira.
A grande surpresa da edição de 2022/23 da Champions é a presença de três clubes italianos nos quartos, o que já não acontecia há 18 anos, desde 2005/06, época em que o AC Milan chegou às meias-finais, ao contrário de Inter e Juventus.
Desta vez, os dois clubes e Milão – o Inter, carrasco do FC Porto, não chegava aos quartos desde 2010/11 e o AC Milan desde 2011/12 – vão ter a companhia do Nápoles, que, à sétima presença, está pela primeira vez nos quartos.
A formação napolitana está a fazer uma época sensacional, rumo ao terceiro título na Serie A (tem mais 18 pontos do que o Inter, segundo), depois dos conquistados com Diego Armando Maradona em 1986/87 e 1989/90 – pelo meio também venceu a Taça UEFA de 1988/89.
Por seu lado, o AC Milan soma sete títulos europeus, o último em 2006/07, e o Inter Milão conta três, o derradeiro em 2009/10, sob o comando do português José Mourinho.
Os dois clubes de Milão já venceram o Benfica em finais, o AC Milan por duas vezes, em 1962/63 e 1989/90, e o Inter uma vez, em 1963/64, sendo que ambos inauguraram o seu palmarés precisamente à custa dos encarnados.
Quanto aos dois ingleses, o Chelsea, no qual alinha o ex-benfiquista Enzo Fernández, soma os mesmos dois títulos das águias (2011/12 e 2020/21), que derrotou na final da Liga Europa de 2012/23 (2-1 em Amesterdão), enquanto o Manchester City, dos ex-encarnados Ederson, Rúben Dias e Bernardo Silva, procura desesperadamente o primeiro.
Os citizens estiveram na final de 2021, que perderam para os londrinos, no Dragão (1-0), sendo que agora têm o norueguês Erling Haaland, acabado de marcar cinco golos na receção ao Leipzig, para um total de 33 na Champions, em 25 jogos.
A Alemanha e a Espanha estão, por seu lado, representados pelos seus expoentes máximos, respetivamente o Bayern Munique, que já conquistou seis orelhudas, a última na Luz, em 2020, e o Real Madrid, o detentor do troféu e o incontestável rei da prova, com os seus 14 troféus.
Os merengues apenas perderam três finais na sua história, a primeira face ao Benfica, que, em 1961/62, revalidou o título europeu em Amesterdão, ao bater os madridistas por 5-3, com golos de José Águas, Cavém, Coluna e bis de Eusébio, perante Gento, Di Stéfano e Puskás, que fez um hat-trick.
O sorteio dos quartos de final, e também das meias-finais, sem quaisquer restrições, está agendado para as 11:00 de sexta-feira, em Nyon, na Suíça.