Presidente da Federação de Atletismo: "É inevitável o entendimento de Nelson Évora e Pichardo"

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Presidente da Federação de Atletismo: "É inevitável o entendimento de Nelson Évora e Pichardo"
Nelson Évora e Pichardo continuam de costas voltadas
Nelson Évora e Pichardo continuam de costas voltadasProfimedia
O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA) considerou esta segunda-feira que "é inevitável" que Nelson Évora e Pedro Pichardo, dois dos campeões olímpicos portugueses, se venham a entender, mostrando-se triste por isso ainda não ter acontecido.

Os dois atletas, que há alguns meses trocaram algumas acusações, partilharam hoje o palco no Teatro Thalia, em Lisboa, durante a atribuição dos Prémios de Mérito Desportivo, mas acabaram por não se cumprimentar.

"Eu diria que ainda estou triste, porque eu julgo que um dia esta tristeza vai dar lugar à alegria. Porque eu julgo que é inevitável que os dois se venham a entender e vão com certeza entender-se", disse Jorge Vieira, à margem da cerimónia.

Questionado sobre se já tentou reconciliar os dois atletas, Jorge Vieira reconheceu que "ainda não, porque ainda não chegou também o momento", porque "há zangas, há conflitos que existem em todas as modalidades, em todas as áreas da vida, que têm o seu tempo também para se curar".

"Julgo que isso vai acontecer. É inevitável, eu espero também fazer por isso. Já tenho feito alguma coisa, não teve ainda o resultado prático que todos gostaríamos. E eu gostaria que não houvesse na realidade qualquer tipo de conflito entre atletas, nomeadamente atletas que atingiram os níveis que estes atingiram. Julgo que os dois atletas que atingiram o nível que atingiram, também vão com certeza mostrar que são grandes campeões no entendimento daquilo que é básico dos seres humanos", referiu.

Sobre a cerimónia, que juntou os cinco campeões olímpicos portugueses - Évora, Pichardo, Rosa Mota, Carlos Lopes e Fernanda Ribeiro -, todos do atletismo, modalidade na qual vários atletas foram também galarduados, o dirigente disse estar "orgulhoso" por "uma homenagem destas aos seus campeões, que muitas vezes têm tendência a ficar esquecidos".

"Foi um momento que nos trouxe à memória todo o exemplo que estes atletas têm representado para nós, para o desporto português em geral e para a sociedade. Porque o desporto, neste caso, quando se atinge estes níveis de performance, não tenho dúvidas que se trata de um exemplo também para todos os cidadãos, nos seus trabalhos, muitas vezes humildes, que os leva a acreditar que é possível, que trabalhando, a vida pode melhorar. E, no caso destes atletas, naturalmente, com muito trabalho, como disse a Fernanda Ribeiro, com muito sacrifício, mas também com muito prazer, com muito amor àquilo que fazem, conseguem chegar ao mais alto nível do mundo", disse.

Jorge Vieira considerou que no atletismo chegar ao nível que estes atletas chegaram, como campeões olímpicos, "é algo quase milagroso" e que "está reservado a muito poucos no mundo".

"No caso do atletismo, que é uma modalidade universal, praticada em praticamente todos os países do mundo, existem milhares e milhares de atletas todos os dias a treinar para chegarem a este nível. Quando um atleta consegue chegar ao pódio, repito, no caso do atletismo, é na realidade fenomenal. E estes atletas conseguiram. Para um país da nossa dimensão, termos cinco campeões olímpicos na nossa modalidade, é algo que me deixa muito orgulhosos", afirmou.