Portugal jogou com a bola nas mãos e chegou mesmo a liderar por 7-3 no início da partida, após um ensaio de Pedro Bettencourt, mas acabou por não conseguir acompanhar o físico dos bicampeões do mundo, perdendo por 34-14.
"Esta equipa tem coisas a melhorar e a trabalhar, mas temos muito orgulho em ter desafiado esta equipa australiana", disse Lagisquet, que levou o Biarritz ao título francês por três vezes como treinador, em conferência de imprensa: "Mas também há desilusão porque, com mais experiência, poderíamos ter tido um objetivo diferente. Jogámos râguebi total e é muito emocionante para um treinador e para os jogadores."
No entanto, jogar não foi suficiente, pois o poderio da Austrália revelou-se demasiado difícil de aguentar, com a equipa de Eddie Jones a aproveitar o cartão amarelo de Bettencourt para marcar três ensaios no espaço de sete minutos.
"Estava preocupado com o poderio físico dos australianos e a maioria dos seus ensaios resultou desse impacto físico", afirmou o antigo extremo francês Lagisquet, que marcou quatro ensaios no Campeonato do Mundo: "Houve muitos desarmes falhados. Precisávamos de nos adaptar às circunstâncias, mas não conseguimos."
O próximo adversário de Portugal, que só foi derrotado por 28-8 pelo País de Gales e empatou com a Geórgia, são as Fiji, que poderão descansar jogadores importantes, uma vez que só precisam de um ponto para se qualificarem para os quartos de final.
"Queremos competir contra as Fiji. É a nossa última oportunidade de provar o nosso valor, por isso vamos dar tudo por tudo", disse o capitão Tomas Appleton: "Não somos totalmente profissionais e fizemos muitos sacrifícios. Mas quando vencemos os Estados Unidos para chegar ao Campeonato do Mundo, dissemos que íamos competir contra todas as equipas, não importa quem fossem, íamos competir."
A Austrália ficou certamente impressionada, e Rob Valetini, homem do jogo, previu um futuro brilhante para Portugal.
"O mérito é de Portugal, é uma equipa muito sólida. Nem acredito que este é o seu primeiro Campeonato do Mundo (desde 2007). Sei que vão ser uma potência dentro de alguns anos", afirmou.