Síntese dos Mundiais de Atletismo: Jamaica brilha na pista, pleno de Espanha na marcha

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Síntese dos Mundiais de Atletismo: Jamaica brilha na pista, pleno de Espanha na marcha
Danielle Williams voltou ao ouro, oito anos depois de ter sido campeã das barreiras altas pela primeira vez
Danielle Williams voltou ao ouro, oito anos depois de ter sido campeã das barreiras altas pela primeira vezAFP
O sexto dia dos Mundiais de atletismo, em Budapeste, 'acordou' com a confirmação do domínio total da Espanha na marcha e terminou com surpreendentes sucessos jamaicanos, na pista.

Com vitórias nos 100 metros barreiras e 400 metros femininos, o sucesso jamaicano só não foi maior porque o grego Miltiadis Tentoglou o negou mesmo no último ensaio do salto em comprimento.

A neerlandesa Femke Bol confirmou totalmente o favoritismo nos 400 metros barreiras e no lançamento do martelo foi a vez da canadiana Camryn Rogers chegar ao ouro.

A Jamaica e a Espanha são, a par do Quénia e Etiópia, as nações que mais fazem por resistir ao avassalador domínio norte-americano, hoje sem ouros, mas ainda assim com mais medalhas conquistadas.

A surpresa maior acabou por ser o regresso ao título da jamaicana Danielle Williams, oito anos depois de ter sido campeã das barreiras altas pela primeira vez.

Por 'quase' nada - um centésimo apenas, 12,43 e 12,44 - a atleta de 30 anos superou a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn, a campeã olímpica.

A campeã de Oregon2022, a nigeriana Tobi Amusan, foi apenas sexta, fechando mal uma época movimentada em que chegou a estar suspensa por violar as obrigações de localização para controlos antidoping - castigo entretanto levantado.

A outra ‘surpresa' jamaicana apareceu nos 400 metros, vencidos por Antonio Watson, de 21 anos apenas, e que era somente o 29.º do ranking na distância.

Ganhou em 44,22 segundos uma final que não contou nem com o campeão em título nem com o campeão olímpico, à frente do britânico Matthew Hudson-Smith (44,31), novo recordista europeu desde as semifinais.

De regresso à primeira linha, após vários anos perdidos por lesão, esteve o sul-africano Wayde Van Niekerk, para ser apenas sétimo.

O sucesso da Jamaica, na sessão da noite, acabou por deixar um pouco para segundo plano o brilharete de Espanha, no centro da capital húngara, com os vencedores dos 20 km marcha a dobrarem o seu total de ouros, nos 35 km: Álvaro Martin e Maria Perez.

A situação acaba por dar razão a quem argumenta que, na marcha, as duas distâncias não são assim tão diferentes e a dureza dos 35 km não é decididamente comparável à dos 50 km, que antes fazia parte do calendário oficial.

Sem rivais à altura, a neerlandesa Femke Bol foi mesmo a 'vencedora anunciada' dos 400 metros barreiras, redimindo-se totalmente da queda na estafeta 4x400 metros mista, que 'roubou' a medalha aos Países Baixos.

A vice-campeã do mundo de 2022 e bronze olímpico de 2021 subiu mais um patamar, para vencer em 51,70, ou seja, menos 1,10 segundos que a norte-americana Shamier Little.

A natural favorita seria a melhor atleta mundial nas barreiras, Sydney McLauglin-Levrone, dos Estados Unidos, que não se inscreveu na distância, optando de início pela distância plana, para nem sequer isso correr em Budapeste.

No comprimento, o grego Miltiadis Tentogrou, campeão olímpico, chegou ao seu primeiro ouro mundial, virando o concurso a seu favor no último ensaio, com 8,52 metros.

Atónito, o jamaicano Wayne Pinnock viu assim escapar o ouro, que pensava ter conquistado. Até então, ambos tinham 8,50, com Pinnock com vantagem sobre o grego no segundo salto... por um centímetro.

Na outra final do dia, a canadiana Camryn Rogers lançou o martelo a 77,22 e ganhou, um ano depois de ter sido segunda em Oregon2022.

Superou no pódio duas atletas dos Estados Unidos, Janee' Kassanavoid e DeAnna Price.

Mesmo sem títulos, os Estados Unidos avançaram bem no quadro de medalhas e já estão com 19 (7/6/6).

A Jamaica tem agora oito (2/3/3), mas a Espanha destaca-se nos ouros, quatro, sem medalhas de outro metal.

Por pontos, os Estados Unidos 'apontam' a quebrar a barreira dos 200 e chegam aos 185, quando ainda há no programa três dias de provas.

A Jamaica atinge os 88, à frente do Quénia, que tem 53, e da Etiópia, que está com 46, tal como a Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. A Espanha tem 43 pontos.

Com um ponto apenas, o de Liliana Cá, Portugal cai para 58.º, a par da Venezuela.