O'Sullivan tem dominado a modalidade durante mais de duas décadas, com um recorde de 41 títulos de classificação e 1.260 quebras de século. O jogador de 48 anos, que foi coroado campeão mundial pela primeira vez em 2001, não mostrou sinais de abrandamento na fase final da carreira, ganhando dois dos últimos quatro títulos mundiais.
Ainda assim, O'Sullivan associou-se a um antigo treinador com o objetivo de melhorar o seu jogo, porque acredita que ainda não domina o desporto. Vai pôr à prova a sua nova abordagem contra o qualifier Jackson Page, na quarta-feira, na primeira ronda do Campeonato do Mundo, que começa no Crucible Theatre de Sheffield, no sábado.
"Tenho estado a tentar pensar como quero que sejam os próximos cinco a dez anos. Tenho trabalhado com um treinador e fizemos muitos testes em alguns aspetos e apercebi-me de que não sei muito sobre snooker", disse O'Sullivan aos jornalistas na sexta-feira.
"Pensava que sabia. Sei como colocar uma bola num buraco, sei como competir e ganhar, e tenho uma ideia do que precisa de acontecer. Sei que tenho de apanhar este pedaço de madeira e esta bola e que se fizer isto, aquilo deve acontecer. Mas não tenho sido tão eficiente nos últimos anos e tentei aceitar que precisava de ajuda, por isso voltei a um treinador que trabalhou com o meu antigo treinador e estou a rever as coisas que funcionaram comigo", admitiu.
O treinador de O'Sullivan , Nic Barrow, é uma figura veterana no circuito mundial de snooker e dirige um programa de treino chamado The Snooker Gym que promete "ajudar amadores frustrados com qualquer problema de diagnóstico".
Embora O'Sullivan esteja longe de ser um amador frustrado, a estrela colorida e controversa está descontente com a sua forma, apesar de ir para Sheffield como número um do mundo, depois de ganhar cinco eventos do ranking este ano.
Depois de ter dado a entender que se iria reformar ao longo dos anos, O'Sullivan afirma que pode continuar a jogar durante mais uma década e que precisa de fazer mudanças para garantir a sua longevidade.
"Gosto de ganhar e tenho mais 5 a 10 anos, e tenho de desfrutar do trabalho que estou a fazer. Sei que já ganhei torneios, mas ganhar e jogar a um determinado nível nem sempre coincidem. Já joguei muito melhor e não ganhei nada durante toda a época. Não faz muito sentido, mas não tenho gostado muito, tenho tido dificuldade em passar a bola sem problemas. Estar feliz com o jogo é o que importa, ou, se não for esse o caso, tenho de contornar o facto de não jogar bem e aceitá-lo, mas não sou bom a aceitar", vincou.