Este será o 56.º torneio de Grand Slam masculino conquistado por europeus. A última vez que um não europeu conquistou um dos quatro torneios mais importantes do circuito foi no US Open de 2009, quando o argentino Juan Martín del Potro bateu o suíço Roger Federer em Nova Iorque.
Desde então, das 55 finais disputadas, apenas em 6 um não europeu lutou pela a taça. Foram cinco tenistas que estiveram próximos de quebrar o tabu, já que o sul-africano Kevin Anderson chegou em duas oportunidades
Kei Nishikori (Japão) - US Open 2014
Milos Raonic (Canadá) - Wimbledon 2016
Kevin Anderson (África do Sul) - US Open 2017
Kevin Anderson (África do Sul) - Wimbledon 2018
Juan Martín del Potro (Argentina) - US Open 2018
Nick Kyrgios (Austrália) - Wimbledon 2022
Big 3 e queda dos Estados Unidos da Améica
Os 15 anos de jejum dos não europeus é muito explicado pelo domínio impressionante do Big 3: Novak Djokovic, Rafael Nadal e Roger Federer. Só eles levaram 44 dos 55 Slams realizados desde o US Open de 2009. Se contar os 3 de Andy Murray e os 3 de Stanislas Wawrinka, já são 50. Carlos Alcaraz venceu 2; Dominic Thiem, Marin Cilic e Daniil Medvedev venceram um cada.
Outro factor que explica a hegemonia europeia é a queda impressionante do ténis masculino dos Estados Unidos. A nação que mais venceu Slams entre os homens (147), não ganha desde Andy Roddick no US Open de 2003. O mesmo Roddick foi o último tenista dos EUA finalista, em Wimbledon 2009.
Desde que os 4 torneios se estabeleceram juntos no calendário do tênis em 1925, o maior jejum havia sido de 21 Grand Slams, entre Roland Garros 2004 e o US Open de 2009. Esse período foi justamente quebrado pela conquista de Del Potro, o marco inicial do atual jejum.