Zverev não vê razão para abandonar o conselho de jogadores de ténis devido ao julgamento por agressão

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Zverev não vê razão para abandonar o conselho de jogadores de ténis devido ao julgamento por agressão
Alexander Zverev, tenista da Alemanha
Alexander Zverev, tenista da AlemanhaAFP
Um desafiador Alexander Zverev disse, esta terça-feira, que não vê razão para deixar o cargo de representante dos jogadores do ATP Tour, depois do tribunal alemão ter marcado uma data para o tenista ir a julgamento, acusado de agressão à sua ex-namorada.

O jogador de 26 anos foi condenado a uma multa de 450.000 euros em outubro, por causa do incidente de 2020, mas contestou a decisão e um tribunal de Berlim disse, na segunda-feira, que o julgamento terá início a 31 de maio, durante o Open de França.

Zverev negou veementemente a acusação e, até que seja tomada uma decisão final, é considerado inocente, de acordo com os funcionários do tribunal.

Apesar das acusações que pesam sobre si, Zverev foi este mês eleito pelos seus pares para um mandato de dois anos no conselho consultivo de jogadores da ATP, a entidade que gere o ténis profissional masculino.

Questionado no Open da Austrália sobre a conveniência de permanecer no conselho antes do resultado do julgamento, respondeu: "Porque é que não havia de ser?"

Zverev disse ainda acreditar que os jogadores tinham confiança nele.

"Quero dizer, acho que sim. Ninguém me disse nada. Não tenho nenhuma razão para não acreditar nisso", afirmou.

O jogador rejeitou as sugestões de que não era a pessoa certa para ocupar um cargo de direção.

"Os jornalistas estão a dizer isso, alguns, que estão mais interessados nesta história para escrever e mais nos cliques do que na verdade", disse.

Os colegas jogadores do primeiro Grand Slam do ano mostraram-se relutantes em envolver-se.

Sem opinião

O búlgaro Grigor Dimitrov também faz parte do conselho, mas não se mostrou disposto a comentar se era correto que Zverev continuasse a ser membro.

"Claro que há coisas a circular, claro que compreendo essa parte", disse.

"Do outro lado, no conselho... Sinceramente, não sei o que dizer. Não depende apenas de mim quem está lá dentro, certo? Acho que este é um assunto em que todos precisam de se sentar juntos e discutir tudo isso. É essa a minha mensagem", acrescentou.

Outros disseram que não estavam suficientemente a par dos problemas legais de Zverev.

O grego Stefanos Tsitsipas, número sete do mundo, disse que não estava "completamente familiarizado" com a situação, enquanto o norueguês Casper Ruud, número 11 do mundo, disse: "De momento, não tenho uma opinião formada".

O britânico Cameron Norrie, 19.º cabeça de série, foi igualmente evasivo, afirmando ser "difícil comentar". "Não sei muito sobre o assunto e o que aconteceu", assumiu.

A número um mundial feminina, Iga Swiatek, foi mais direta, mas sublinhou que não estava "na posição certa para julgar".

"Penso que cabe à ATP decidir o que fazer. De certeza que não é bom quando um jogador que está a enfrentar acusações como esta está a ser promovido", disse.

"Não sei qual vai ser o resultado da investigação ou do caso. Acho que é preciso perguntar à ATP o que eles querem fazer com isso, porque não estou na posição certa para julgar", acrescentou.

A ATP não fez comentários sobre o assunto.

Recorde-se que no ano passado a ATP encerrou uma investigação sobre alegações separadas de abuso doméstico contra Zverev, depois de não encontrar provas suficientes.