Recorde as principais incidências
Gaël Monfils é para sempre? A questão coloca-se quando se considera a motivação e a energia que demonstrou para ultrapassar Hubert Hurkacz e depois Cameron Norrie para chegar aos oitavos de final em Indian Wells. La Monf não jogava nos quartos de final no deserto desde 2019, mas deparou-se com um revigorado Casper Ruud, surpreendentemente bom no piso duro e que chegou ao encontro como favorito depois de passar apenas três horas em court, contra mais de seis horas e meia do francês.
Consciente desta situação, o norueguês começou por fazer o seu rival correr no início do jogo. Mas o francês escolheu servir primeiro e tenciona aproveitar este facto para pressionar o jogo do seu adversário. Para além disso, não se coíbe de prolongar as jogadas, obrigando sempre o seu adversário a uma pancada extra. Foi assim que, no sexto jogo, conseguiu o seu primeiro break point do encontro, que acabou por ser suficiente.
Monfils encontrou-se no caminho certo e serviu para vencer o primeiro set. Impressionantemente sólido, nunca vacilou e assumiu o controlo do encontro. Do outro lado do court, Ruud dava a impressão de não saber o que fazer para desestabilizar o francês, que devolvia quase tudo. Por isso, não se preocupou com mais estratégias: bastava ir em frente e esperar o que acontecesse. Era um plano que tinha os seus limites, mas pelo menos desta vez salvou os break points que lhe apareceram.
Do outro lado, Monfils mostrava pela primeira vez sinais de cansaço. Em todo o caso, o tempo foi o melhor aliado do escandinavo, que se adiantou, jogou melhor e teve nada menos do que três break points no oitavo jogo. O problema foi que não jogou muito bem estes pontos importantes, perdeu algumas grandes oportunidades e deixou o francês cavar um aparente buraco físico. Monfils aproveitou a oportunidade e levou o norueguês para o tiebreak.
Mas depois o seu nível tornou-se demasiado inconsistente neste exercício tão especial. Casper Ruud viu a abertura e atirou-se de cabeça, tornando-se o homem que fez o seu rival cometer erros. O desempate não foi unilateral, mas quase, e o terceiro set não era uma boa notícia para o francês e a quebra não tardou.
Fisicamente exausto e a perder, Gaël Monfils esteve à beira da quebra. Salvou dois pontos de break duplos e evitou afogar-se, mas ainda faltava um break e o norueguês estava agora seguro de si e do seu nível. A sua primeira bola estava lá para ser tomada, ele pressionou onde doía e não deu espaço ao seu adversário, correndo de cabeça para a vitória.
Monfils recuperou o seu serviço, mas não conseguiu impedir o seu rival de servir para o jogo. Com o seu serviço de volta, Casper Ruud sentenciou o encontro, vencendo por 3-6, 7-6 (3), 6-4.
