Daria Kasatkina e o "sentimento muito amargo" depois de ter sido vaiada em Roland Garros

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Daria Kasatkina e o "sentimento muito amargo" depois de ter sido vaiada em Roland Garros
Kasatkina tem-se manifestado contra a invasão da Ucrânia
Kasatkina tem-se manifestado contra a invasão da Ucrânia
Reuters
A russa Daria Kasatkina (26 anos) disse esta segunda-feira deixou o Open de França com um sabor amargo, depois de ter sido vaiada pelo público após a sua derrota na quarta ronda contra a ucraniana Elina Svitolina, no domingo.

Svitolina tinha dito que não apertaria a mão a jogadoras russas ou bielorrussas em Roland Garros, devido à invasão russa do seu país. A Bielorrússia tem sido utilizada como área de preparação para aquilo a que Moscovo chama uma "operação militar especial".

Kasatkina tem sido uma das poucas jogadoras russas a falar abertamente contra a guerra, chamando-lhe "um pesadelo completo". No domingo, foi apoiada pela cantora popular russa Zemfira, que deixou o país devido à sua oposição à invasão.

Zemfira foi incluída numa lista de agentes estrangeiros do Ministério da Justiça russo em fevereiro, por apoiar a Ucrânia e criticar a invasão.

Após a sua derrota por 6-4 7-6(5), Kasatkina levantou o polegar a Svilotina e esta foi também vista a levantar o polegar. Não ficou claro se o gesto foi dirigido a Kasatkina.

Svitolina, no entanto, disse: "Estou muito grata pela posição que ela tomou. Sim, ela é uma pessoa muito corajosa para o dizer publicamente, o que não foi feito por muitos jogadores. Ela é corajosa".

Kasatkina foi, no entanto, vaiada pelo público.

"Deixo Paris com um sentimento muito amargo. Todos estes dias, depois de cada jogo que disputei em Paris, sempre apreciei e agradeci ao público pelo seu apoio e por estar presente para os jogadores", escreveu a jogadora de 26 anos no Twitter.

"Mas ontem fui vaiada apenas por ter sido respeitosa com a posição da minha adversária e não ter apertado a mão. Eu e a Elina mostrámos respeito uma pela outra depois de um jogo difícil, mas sair do campo daquela forma foi a pior parte do dia de ontem. Sejam melhores, amem-se uns aos outros. Não espalhem o ódio", acrescentou.

A geopolítica tem estado no centro da edição deste ano do Open de França, com a bielorrussa Aryna Sabalenka a faltar por duas vezes à conferência de imprensa após o jogo, alegando sentir-se insegura depois de ter sido questionada sobre a guerra.

Na semana passada, o bicampeão do Open de França, Novak Djokovic, deu início a uma polémica depois de ter escrito na lente de uma máquina fotográfica "o Kosovo é o coração da Sérvia", no meio da agitação na região.