O Arsenal, a equipa que menos mexe no onze titular, fez duas alterações, uma por obrigação e outra por opção: a lesão de Thomas Partey atirou o internacional ganês para fora da ficha de jogo e o recém-contratado Jorginho foi escolhido para ocupar a vaga, enquanto Tomiyasu rendeu Ben White a lateral direito. Já Fábio Vieira ficou no banco de suplentes.
Por outro lado, Laporte rendeu Aké na única alteração da formação de Guardiola, que manteve Rúben Dias e Bernardo Silva no onze, na procura de igualar os gunners no topo da tabela, apesar de ter um jogo a mais.
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Opção furada
O jogo começou animado dos dois lados, mas sem oportunidades claras de golo. A primeira surgiu para os anfitriões. Zinchenko, antigo lateral dos citizens, cruzou para Eddie Nketiah saltar sozinho na área, mas o cabeceamento saiu ao lado. Os forasteiros responderam com eficácia.
Num lance inócuo, Ederson pontapeou na frente, Saliba disputou com Haaland, ganhou o duelo só que cabeceou para trás, Tomiyasu ganhou na corrida a Grealish e passou para Ramsdale... sem olhar. De Bruyne estava atento, viu o guarda-redes adiantado e fez-lhe um chapéu de aba larga para inaugurar o marcador.
O internacional japonês podia ter-se redimido logo a seguir, ao surgir no coração da área para rematar de primeira por cima da trave. No minuto seguinte, o Arsenal construiu bem uma jogada à entrada da área, Odegaard soltou para Saka sobre a direita que, dentro de área, hesitou e perdeu a oportunidade para visar a baliza.
Permeabilidade e polémica
Mas isto era um sinal. Mesmo com a vantagem, a defesa do City mostrava-se permeável e não foi preciso esperar pelo intervalo pela reação ter efeito no marcador. Aos 40 minutos, Ederson saiu a fazer a mancha a Nketiah, o avançado conseguiu colocar por entre as pernas do guardião e Aké afastou a bola em cima da linha.
No entanto, Anthony Taylor apontou para o castigo máximo, considerando que Ederson derrubou Nketiah. Chamado a converter, Bukayo Saka rematou para o lado que o guarda-redes estava a apontar e igualou o encontro.
No último dos seis minutos de compensação - devido às várias paragens no encontro -, o City beneficiou de um livre lateral e quase saía para o descanso em vantagem num lance confuso. O cruzamento foi mal afastado pela defesa dos gunners, Rodri ao segundo poste cabeceou de rompante, o esférico desviou no pé de Aké e foi à trave, quase traindo Aaron Ramsdale. Um suspiro de alívio ecoou pelo Emirates.
À procura do erro
O início do segundo tempo foi uma cópia do arranque do jogo, muita vontade e pouco perigo. Aos 56 minutos, o árbitro assinalou uma grande penalidade a favor do City, também ela contestada e a decisão foi revertida por fora de jogo de Haaland. Os índices de agressividade aumentaram e depois do norueguês ter dado uma cotovelada a Gabriel Magalhães, foi Martinelli a entrar de forma mais ríspida sobre Rúben Dias.
Após sete remates ao intervalo, o Arsenal não conseguia chegar perto da baliza de Ederson e, depois de Guardiola ter retirado Mahrez e lançado Akanji, o jogo inclinou para os forasteiros. Desengane-se quem pensa que esta foi uma mudança defensiva, já que permitiu uma pressão mais forte dos homens da frente e os gunners começaram a somar erros em catadupa.
Primeiro Ramsdale largou a bola na sequência de um livre lateral e Jorginho evitou o golo em cima da linha, depois Zinchenko perdeu a bola em zona proibida e o guarda-redes fez bem a mancha a Haaland. À terceira foi de vez.
Gabriel Magalhães entregou a bola a Bernardo Silva, o português lançou Haaland para cima da defesa, que tocou para Gundogan e o alemão deixou rolar para Grealish, cujo remate ainda desviou em Tomiyasu e desviou das mãos de Ramsdale.
Estocada final
Arteta tentou reagir e lançou Trossard, mas as mudanças saíram furadas. Aos 82 minutos, o Manchester City mostrou porque ganhou quatro dos últimos cinco campeonatos e é um crónico candidato ao título, pese embora as polémicas fora de campo.
Gundogan teve espaço entre linhas e serviu a fuga de De Bruyne já na área, descaído pela direita, o belga cruzou de primeira e rasteiro para Haaland, o noruguês recebeu de pé esquerdo e atirou cruzado de pé direito, aplicando o golpe final na partida.
Perto do apito final, Saka levantou para a área, Nketiah voltou a saltar sozinho, mas, tal como no primeiro tempo, estava com a pontaria desalinhada e atirou ao lado.
Com este resultado, o Arsenal soma o terceiro jogo consecutivo sem vencer, em contraste com a formação de Manchester, que venceu quatro dos últimos cinco jogos a contar para o campeonato. O Manchester City sobe assim à liderança da Premier League, em igualdade pontual com os gunners, que têm um jogo a menos.
Homem do jogo Flashscore: Kevin de Bruyne (Manchester City).