Berti Vogts tinha"percorrido a costa com o filho numa carrinha de campismo. Como toda a gente devia fazer uma vez na vida", revelou Jürgen Klinsmann numa entrevista ao transfermarkt.de. Depois de um telefonema espontâneo, encontraram-se em casa de Klinsmann, que na altura já vivia na Califórnia.
Na varanda, Vogts discutiu então a vaga de selecionador nacional após a demissão de Rudi Völler e Klinsmann prometeu pelo menos ouvir uma proposta. Depois de um bife, Vogts "falou ao telefone com o secretário-geral da federação alemã de futebol (DFB), Horst R. Schmidt, e com o vice-presidente no dia seguinte", conta Klinsmann.
Apenas dois dias depois, o presidente da DFB, Gerhard Mayer-Vorfelder, telefonou para ele e, logo em seguida, houve uma reunião no aeroporto de Nova Iorque. "Depois saíram e tiveram uma discussão entre eles. Fui para casa e perguntei à minha mulher o que aconteceria se chegasse a esse ponto. Ela disse: 'Porque é que não o fazes? Depois disso, as coisas seguiram o seu curso. Tudo começou com aquele telefonema de Berti Vogts".
Klinsmann assinou contrato com a DFB pouco tempo depois e levou a equipa alemã às meias-finais do Campeonato do Mundo de 2006 em casa. Dois dias após o final do torneio, anunciou que não renovaria o seu contrato como selecionador nacional, sendo que saiu no terceio lugar, após vencer Portugal.