"Não vou ser insultado e denegrido como islamista. É por isso que decidi apresentar queixa", afirmou Rüdiger em declaração ao bild.de: "É um caso de propaganda e divisão. Vou sempre tomar uma posição firme contra isso".
A fotografia em questão foi "usada por indivíduos para fazer acusações infundadas", disse Rüdiger: "Como muçulmano devoto, pratico a minha fé, mas distancio-me firmemente de qualquer tipo de extremismo e acusações de islamismo. A violência e o terrorismo são absolutamente inaceitáveis. Defendo a paz e a tolerância".
Na fotografia, o jogador do Real Madrid mostrava-se com um dedo levantado. "O gesto que utilizei é o chamado dedo tauhid. No Islão, simboliza a unidade e a singularidade de Deus. O gesto é muito comum entre os muçulmanos de todo o mundo e só recentemente foi classificado como não problemático pelo Ministério Federal do Interior (da Alemanha)", afirmou Rüdiger.
Rüdiger admitiu que "deu a terceiros a oportunidade de interpretarem deliberadamente mal o meu post para dividir e polarizar devido a uma atenção insuficiente. Não vou fornecer uma plataforma para a divisão e radicalização, e é por isso que eu decidi fazer uma declaração clara agora, depois dos nossos dois jogos internacionais bem sucedidos".
Foram apresentadas queixas-crime
Rüdiger e a Federação Alemã de Futebol (DFB) apresentaram uma ação judicial contra um jornalista. Conforme confirmado à SID por ambas as partes, Rüdiger apresentou uma queixa-crime no Ministério Público de Berlim e a DFB também comunicou o caso ao Gabinete Central de Combate ao Cibercrime (ZIT) do Ministério Público de Frankfurt/Main.
A queixa criminal apresentada por Rüdiger ao Ministério Público de Berlim foi submetida ao SID: A queixa diz respeito a alegações de injúria ou difamação, incitamento à ofensa e incitamento ao ódio.
Rüdiger não fez qualquer comentário antes ou durante o jogo internacional contra os Países Baixos, na terça-feira.