Apito final da popularíssima manga de futebol "Oliver e Benji" ou "Captain Tsubasa"

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Apito final da popularíssima manga de futebol "Oliver e Benji" ou "Captain Tsubasa"
Yoichi Takahashi no seu escritório em Tóquio
Yoichi Takahashi no seu escritório em TóquioAFP
O autor da popular manga de futebol "Captain Tsubasa", conhecida em Portugal como "Campeões" ou "Oliver e Benji", soprou o apito final na sexta-feira, após 43 anos de jogadas espetaculares que encantaram milhões de leitores e espetadores em todo o mundo.

A manga criada por Yoichi Takahashi foi publicada pela primeira vez em 1981 na revista semanal japonesa Shonen Jump, e o seu herói, o jovem prodígio do futebol Tsubasa Ozora (Oliver Tsubase em Portugal), inspirou lendas do futebol como Zinedine Zidane, Lionel Messi e Kylian Mbappé.

A saga foi objeto de muitas adaptações, tanto em desenhos animados como em jogos de vídeo, e até existem estátuas em sua honra na sua cidade natal, Tóquio.

O desenhador de 63 anos anunciou o fim da série no início de abril, numa entrevista publicada na última edição da revista Captain Tsubasa, invocando problemas de saúde e a evolução da indústria da manga.

"Esta não é uma decisão fácil de tomar e pode desapontar e entristecer aqueles que adoram ler 'Captain Tsubasa', mas espero que compreendam a minha decisão", escreveu numa carta aos leitores da revista.

Takahashi disse esperar que as suas personagens continuem a viver através das adaptações feitas a partir da obra.

A série de desenhos animados foi transmitida em mais de 100 países e mais de 90 milhões de cópias do mangá foram vendidas, de acordo com o site Mangazenkan.

Takahashi, que se tornou um adepto de futebol depois de ver na televisão o Campeonato do Mundo de 1978, ganho pela Argentina, disse à AFP em fevereiro de 2023 que queria popularizar o desporto no Japão, onde o campeonato profissional (J-League) só foi criado em 1993.

Além disso, é presidente e proprietário de um clube de futebol, o Nankatsu SC, que espera levar do campeonato regional para a elite.

"Na Europa, é natural torcer pelo clube local, mas não temos essa cultura no Japão. Eu não tinha um clube local, então criei um", contou na entrevista à AFP.