Atletismo/Mundiais: Estados Unidos vão dominar aquecimento para Paris-2024

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Atletismo/Mundiais: Estados Unidos vão dominar aquecimento para Paris-2024
Mundiais de Atletismo decorrem em Budapeste
Mundiais de Atletismo decorrem em BudapesteWorld Athletics
Os Estados Unidos vão dominar mais uma vez os Campeonatos do Mundo de atletismo, em Budapeste, onde, mais do que testar para os Jogos Paris-2024, os atletas vão querer confirmar as suas ambições olímpicas.

Durante nove dias, a partir de sábado e até 27 de agosto, a capital húngara recebe quase 2.200 atletas de 202 países, a menos de um ano de uma das modalidades âncora dos Jogos Olímpicos arrancar no Stade de France, em 02 de agosto de 2024, a disputarem 49 títulos – 24 masculinos, outros tantos femininos e uma estafeta mista.

Tal como no ano passado, na primeira vez que organizou uns Mundiais, em Eugene, onde conquistou um recorde de 33 medalhas, 13 de ouro, a larga distância das 10 arrecadadas por Etiópia, Jamaica e Quénia.

A invasão da Ucrânia mantém fora da competição a Rússia, cuja última presença como nação remonta a Pequim-2015, também devido ao esquema de doping estatal russo, tal como em Oregon-2022, que assistiu ao medalheiro mais universal de sempre, com 29 países diferentes a conquistarem uma medalha de ouro.

O favoritismo norte-americano deverá manter-se nos nove dias de competição em Budapeste, onde vai ser estreado o Centro Nacional de Atletismo, um estádio construído nas margens do rio Danúbio para estes Mundiais com uma capacidade para 36 mil espetadores e que custou aproximadamente 658 milhões de euros.

Os atletas que consigam recordes do mundo durante os campeonatos, tal como fizeram em Oregon-2022 a norte-americana Sydney McLaughlin-Levrone, nos 400 metros barreiras, que falha a competição devido a uma lesão no joelho, e o sueco Mondo Duplantis, no salto com vara, levam para casa um cheque de 100 mil dólares (aproximadamente 92 mil euros).

As seis provas de estrada (maratona, 20 e 35 quilómetros marcha) vão ser disputadas no coração da cidade património mundial da UNESCO, com partida e chegada na Praça dos Heróis, enquanto outro marco identitário da cidade, a Estátua da Liberdade, que está no alto do Monte Gellért, vai estar gravada nas medalhas – na face oposta o novo estádio.

Entre os principais pretendentes aos metais destacam-se a norte-americana Sha'Carri Richardson, na sua primeira grande competição depois de ter acusado o consumo de marijuana num controlo antidoping positivo há dois anos.

Ao seu lado, na linha de partida para o hectómetro, Richardson vai contar com a oposição das jamaicanas Shelly-Ann Fraser-Pryce, cinco vezes campeã do mundo na distância e que pode igualar o recorde de vitórias numa só prova do varista Sergei Bubka – tal como o polaco Pawel Fajdek, no martelo, e de forma consecutiva –, e Shericka Jackson, a mulher mais rápida do ano (10,65 segundos).

Fred Kerley defende o título nos 100 metros masculinos perante os rivais norte-americanos, que ocuparam o pódio em Oregon-2022, enquanto o italiano Marcell Jacobs, campeão olímpico, procura retomar os grandes resultados, depois de ter sido batido no Europeu ‘indoor’ pelo seu compatriota Samuele Ceccarelli.

Sem Sydney McLaughlin-Levrone, que ensaiou uma temporada nos 400 planos para não forçar o joelho, os 400 barreiras vão promover o embate entre a dominicana Marileidy Paulino, a atual campeã Shaunae Miller-Uibo, das Bahamas, e a neerlandesa Femke Bol, enquanto o norueguês Karsten Warholm deve reinar na prova masculina.

No último grande palco antes dos Jogos Olímpicos, a lista de candidatos a estabelecerem na capital húngara as melhores marcas de sempre integra, inevitavelmente, quem já melhorou os registos este ano, casos do também norte-americano Ryan Crouser, por três vezes, no peso, Duplantis, na vara, e a queniana Faith Kipyegon, nos 1.500 e nos 5.000, sem esquecer a venezuelana Yulimar Rojas, no triplo salto.

O norueguês Jakob Ingebrigtsen, nos 1.500 e nos 3.000, e a neerlandesa Sifan Hassan, que volta a investir em 1.500, 5.000 e 10.000 - tal como em Tóquio-2020, onde venceu as duas provas mais longas e ficou pelo bronze na distância de meio-fundo, são outros dos nomes sonantes.

Dos 44 campeões individuais de Oregon-2022, 37 constam nos inscritos, numa lista em que a peruana Kimberly Garcia é a única que se candidata a revalidar dois títulos, nos 20 e 35 quilómetros marcha.

O norte-americano Noah Lyles, bicampeão do mundo em título nos 200 metros, que cobiça o recorde do mundo do jamaicano Usain Bolt (19,19), o qatari Mutaz Essa Barshim, vencedor das quatro últimas grandes competições no salto em altura, incluindo o empate olímpico com o italiano Gianmarco Tamberi, e Katie Moon, que se sagrou campeã no salto com vara em Oregon-2022 como Katie Nageotte, mas mudou de apelido por se ter casado, são outras das potenciais figuras dos campeonatos.

Pichardo falha Mundiais de atletismo
Pichardo falha Mundiais de atletismoLUSA

Ausentes da competição em solo magiar, além da estrela Sydney McLaughlin-Levrone, vão estar ainda o português Pedro Pablo Pichardo, campeão do olímpico, mundial e europeu do triplo salto, Elaine Thompson-Herah, bicampeã olímpica dos 100 e 200 metros, que não superou os 'trials' jamaicanos, e o brasileiro Thiago Braz da Silva, medalha de ouro no salto com vara no Rio2016, por estar suspenso provisoriamente por doping.

Durante a noite de quinta-feira ficou assegurada a presença da nigeriana Tobi Amusan, recordista mundial e campeã do mundo dos 100 barreiras, após ter sido levantada a suspensão provisória por falhar localizações para controlos antidoping.

Com a desistência de Pichardo, também confirmada em cima da hora, devido à lombalgia que o afastou de grande parte da temporada ao ar livre, Portugal conta com 28 atletas em 21 provas na 19.ª edição dos Campeonatos do Mundo de atletismo, aos quais chega com um historial de 23 medalhas, sete de ouro, sete de prata e nove de bronze.