Mundiais de ciclismo: Nelson Oliveira volta a brilhar, Remco Evenepoel consagrado

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Mundiais de ciclismo: Nelson Oliveira volta a brilhar, Remco Evenepoel consagrado
Oliveira foi o sexto mais rápido nos 47,8 quilómetros em Stirling, Escócia
Oliveira foi o sexto mais rápido nos 47,8 quilómetros em Stirling, EscóciaFPC
O português Nelson Oliveira foi esta sexta-feira sexto classificado no contrarrelógio de Stirling dos Mundiais de ciclismo, fazendo novo top 10 na carreira e conseguindo quota em Paris2024, em dia de consagração do belga Remco Evenepoel.

Oliveira foi o sexto mais rápido nos 47,8 quilómetros em Stirling, Escócia, enquanto João Almeida foi 24.º, numa corrida vencida pelo belga Remco Evenepoel, com 55.19 minutos. O italiano Filippo Ganna foi segundo, a 12 segundos, e o britânico Joshua Tarling ficou com o bronze, a 48.

Além de novo top 10 no crono dos Mundiais, nos quais já foi quarto em 2017 e quinto em 2018, o ciclista de 34 anos, de Vilarinho do Bairro, garantiu uma vaga extra em Paris2024.

O contrarrelógio de Glasgow2023 assegura a cada país representado no top 10 final uma segunda vaga a somar às que os países já terão por via do ranking de qualificação relativo às corridas de fundo, em Paris2024.

Terceiro em prova com mais participações, Oliveira perseguia um sexto top 10 e cumpriu por larga medida, num grande exercício individual, que acabou com 50,1 quilómetros por hora de média.

O resultado significa novo top 10 em Mundiais, nos quais já foi quarto em 2017 e quinto em 2018, o ciclista de 34 anos, de Vilarinho do Bairro, confirmou o seu estatuto como grande contrarrelogista mundial, um dos melhores de sempre do país – se não o melhor.

Benzeu-se ao cortar a meta e passou a ocupar a cadeira "quente", destinado ao corredor com o melhor tempo, e ali ficou vários minutos, uma vez que tinha sempre estabelecido o melhor tempo à passagem nos três pontos de controlo intermédios.

Ali se segurou até da passagem do antigo campeão mundial Rohan Dennis, uma vez que o australiano teve um problema mecânico e trocou de bicicleta já nos derradeiros metros, acabando em sétimo, atrás do ciclista de Vilarinho do Bairro, na sua despedida.

Com a chegada de Joshua Tarling, que foi campeão do mundo júnior no crono em 2022 e não teve problemas em dar o salto este ano, a luta era outra: se nomes como o campeão de 2022, Tobias Foss (Noruega), ou o suíço Stefan Küng desiludiam, Remco Evenepoel parecia voar, dobrando até o britânico Geraint Thomas.

À sua frente, o jato do italiano Filippo Ganna, apostado em recuperar uma coroa que já foi sua, passava até pelo esloveno Tadej Pogacar, dobrado na aproximação à subida final.

Ganna não conseguiu mais do que voltar ao pódio, mas para a prata, deixando a Remco Evenepoel a consagração no exercício contra o relógio, um ano após se sagrar campeão do mundo de fundo, feito que não conseguiu revalidar este ano na Escócia.

O fenómeno belga, de 23 anos, já soma também uma Volta a Espanha e duas Liège-Bastogne-Liège no currículo e segue a dominar o crono, o que o deixa “muito feliz e muito orgulhoso”, ainda para mais enquanto primeiro belga a vencer o ouro nesta disciplina.

“Era um dos meus objetivos para a temporada, é incrível. (...) Já tinha boas pernas no domingo, mas o percurso da prova de fundo era demasiado explosivo. Hoje, era mais ao meu jeito e senti-me muito forte”, explicou.

De resto, João Almeida foi um dos ciclistas, como Pogacar, que estiveram longe dos primeiros postos, com um 24.º lugar, a mais de três minutos de Evenepoel, na estreia em 'crono' dos campeonatos do mundo.