Com o Campeonato do Mundo de 2023 a aproximar-se da sua reta final, as equipas de Fórmula 1 estão a preparar os carros que irão colocar no asfalto no próximo ano. A Aston Martin, a equipa da casa de Fernando Alonso, quer aproveitar o momento vivido nesta temporada para começar bem em 2024.
É assim que o diretor de engenharia Luca Furbatto vê as coisas, explicando o que está para vir numa entrevista publicada no site da equipa: "Faltam três épocas para 2026. Queremos ter um bom desempenho em 2024 e 2025 e, no resto da época, melhorar a nossa posição no campeonato. Penso que 2026 será muito emocionante, mas seria um erro colocar todos os ovos no mesmo cesto. Temos de melhorar em muitas áreas diferentes e a aprendizagem que fizermos nas próximas duas épocas será de importância vital para estarmos prontos em 2026", afirmou.
O italiano está ansioso por ser o dono da produção de alguns dos componentes do seu carro: "Agora compramos a caixa de velocidades e a suspensão traseira à Mercedes, mas em 2026 vamos conseguir o estatuto de equipa de fábrica com a Honda, muitas coisas vão mudar e vamos ter de realizar uma série de novos projetos para o carro. A última vez que esta equipa fabricou a sua própria caixa de velocidades foi em 2008 e, desde então, as coisas evoluíram bastante", analisou.
"Estamos a recrutar e a desenvolver as nossas competências nesta área e já trouxemos alguns designers muito talentosos. O grupo que trabalha neste projeto ainda está a crescer, mas o trabalho que está a ser feito com uma combinação de recursos internos e externos está a progredir rapidamente. O ano de 2026 pode parecer muito distante, mas em termos de engenharia, está mesmo ao virar da esquina", acrescentou sobre a caixa de velocidades.
A importância de ser uma equipa oficial
"Em termos de arquitetura automóvel, somos parcialmente liderados pela Mercedes. Em 2026, com uma unidade de potência Honda e a nossa própria caixa de velocidades, estaremos em controlo do nosso próprio destino. Se quisermos dar o próximo passo em direção à vitória, é isto que temos de fazer", explicou. " Desde a introdução das unidades de potência híbridas (em 2014), apenas as equipas de fábrica ganharam o Campeonato do Mundo", acrescentou.
Por fim, deixou claro que a parceria com a Honda era uma grande notícia para a marca britânica: "Começámos as primeiras reuniões presenciais com a Honda imediatamente após o anúncio e estamos a recuperar o atraso periodicamente. Como se pode ver, ainda é cedo para eles, mas o motor de 2026 está a desenvolver-se rapidamente. Estamos a trocar ideias e eles estão a responder de forma incrivelmente positiva", afirmou.