No mítico circuito de Spa-Francorchamps, o neerlandês, que nasceu na Flandres, a cerca de 100 quilómetros do circuito, venceu as últimas três edições.
Prova da sua superioridade numa das corridas mais antigas da F1 é o facto de ter vencido em 2022 depois de ter partido de um distante 14.º lugar na grelha. No ano passado, partiu em sexto e não deixou qualquer hipótese aos seus adversários.
Também este ano, o atual tricampeão do mundo irá começar longe da frente do pelotão, depois de ter sido penalizado em 10 lugares na grelha de domingo por ter excedido o limite do seu motor.
Desde o início da temporada, o horizonte tem vindo a escurecer para o neerlandês, que não venceu seis dos 13 Grandes Prémios disputados, enquanto no ano passado apenas perdeu dois no mesmo período.
Ao volante do seu Red Bull, o resto da grelha está a testá-lo, com a Mercedes a obter duas vitórias nos últimos três Grandes Prémios (Áustria e Grã-Bretanha) e, acima de tudo, a McLaren, que fez uma dobradinha na Hungria no fim de semana passado, numa corrida em que Verstappen foi quinto e em que parecia particularmente nervoso.
Pérez em perigo
A McLaren, equipa sediada em Woking, Inglaterra, segunda na classificação provisória do campeonato de construtores, é atualmente o principal concorrente da Red Bull. A diferença da Red Bull para a McLaren é de 51 pontos (389 pontos contra 338).
Se o líder do campeonato do mundo tem margem suficiente para se manter no topo após o fim de semana na Bélgica, a Red Bull precisaria de somar bons resultados de Verstappen e do companheiro de equipa Sergio Pérez para manter a classificação.
Nas últimas seis corridas, Checo Pérez - sétimo no campeonato de pilotos - fez apenas 17 pontos para a Red Bull, em comparação com os 104 de Verstappen.
O futuro do mexicano, oficialmente com a equipa até ao final de 2026, poderá estar em dúvida no final do GP da Bélgica, admitiu o conselheiro Helmut Marko a perguntas da imprensa austríaca.
Ferrari em apuros
Outra equipa em dificuldades é a Ferrari, que tem vindo a perder terreno desde a sua última vitória no Mónaco, no final de maio.
Em terceiro lugar na classificação dos construtores, a célebre equipa italiana vai tentar aproveitar os bons resultados obtidos na Hungria - onde o monegasco Charles Leclerc terminou em quarto lugar e o espanhol Carlos Sainz em sexto - para tirar o segundo lugar do campeonato à McLaren (apenas 16 pontos separam as duas equipas).
"O circuito de Spa-Francorchamps vai permitir-nos ver se fizemos um bom trabalho nas últimas semanas para atenuar alguns efeitos secundários (...) de algumas atualizações recentes", explicou o chefe de equipa Frédéric Vasseur.
Para o último Grande Prémio antes da pausa de verão na Europa, a Alpine vai estrear um A524 nas cores invulgares de preto, vermelho e amarelo, que são as do filme Deadpool & Wolverine, uma vez que um dos seus principais atores, Ryan Reynolds, é acionista da equipa francesa.