Hamilton e o título de 2021: "Se mo roubaram? Claro que sim, já conhecem a história"

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Hamilton e o título de 2021: "Se mo roubaram? Claro que sim, já conhecem a história"
Lewis Hamilton
Lewis HamiltonWILLIAM WEST/AFP
O piloto da Mercedes deu uma extensa entrevista à GQ na qual aborda, entre outros temas, a derrota no Campeonato do Mundo de 2021 para Verstappen.

Lewis Hamilton (39) não teve o melhor começo - atualmente no 10.º lugar com oito pontos no campeonato - para a sua última temporada antes de sair para a Ferrari. Mesmo assim, o piloto britânico está de bem com a vida, como deixou claro numa conversa com a revista de moda masculina GQ.

O anúncio da sua contratação pela equipa italiana em 2025 deu-lhe uma perspetiva um pouco mais alargada do que o futuro lhe reserva:

"As pessoas perguntam-me sempre: 'Onde é que te vês daqui a cinco anos?' E eu nunca fui capaz de olhar tão à frente. Mas agora estou numa posição em que posso planear com um pouco mais de tempo. Há coisas muito interessantes a acontecer nos próximos dois anos", admite.

"É provavelmente a altura mais excitante da minha vida", afirma. " Nunca comecei uma época entusiasmado com a próxima", acrescenta o britânico, completamente extasiado durante toda a entrevista.

Reconhece também que nem todos os elementos da atual equipa estão satisfeitos com a sua saída, mas mantém-se concentrado na vitória: "O meu foco é: como posso dar a esta equipa o melhor ano da sua história depois dos grandes anos que tivemos? Temos de nos envolver com as pessoas que nos rodeiam. Como é que as acompanhamos nesta viagem e saímos com a fasquia alta?", analisa.

De 2021 até hoje

Ao ser questionado sobre o Campeonato do Mundo que perdeu para Max Verstappen em 2021, não poupou nas palavras:

"Se mo roubaram? Claro que sim. conhecem a história. Mas foi um momento muito bom, porque o meu pai estava comigo, e é isso que levo comigo. A nossa vida tem sido uma montanha-russa, e temos estado juntos nos bons e maus momentos. E no dia mais doloroso, ele estava lá. Ensinou-me a levantar-me sempre, a manter a cabeça erguida. E, obviamente, subi para felicitar o Max, sem saber o impacto que teria, mas com a consciência de que talvez houvesse um mini eu a assistir. Foi um momento decisivo na minha vida. Não sabia como é que as outras pessoas o iriam ver. Não o tinha visualizado. Mas estava definitivamente consciente disso: naqueles 50 metros, ou caio no chão e desisto... ou levanto-me", contou Hamilton.

Desde então, a sua carreira foi decaindo até aos dias de hoje: "Os meus fãs estiveram sempre presentes. No início não compreendia: "Pessoal, não estou a ganhar nada!" Mas apercebi-me que não é fácil identificarmo-nos sempre com o vencedor. É inspirador. Mas não...", disse, grato pelo apoio recebido.

Por fim, apelou a um futuro com uma maior presença de mulheres na Fórmula 1: "Ainda há necessidade de mulheres no desporto. E lutar para que haja cada vez mais mulheres na frente, para que sejam visíveis, para que as raparigas e as jovens possam ver que há um lugar para elas aqui", conclui.