Messi abriu o marcador da marca de grande penalidade para dar a liderança à Argentina antes de o parceiro de ataque Julián Álvarez ter bisado na partida, o último dos golos com uma assistência soberba do camisola 10.
Messi criou o terceiro golo quando levou a melhor sobre o defesa Josko Gvardiol, que tinha sido um dos melhores jogadores da Croácia no torneio, driblando o jogador de 20 anos por duas vezes num espaço apertado antes de encontrar Álvarez para uma finalização simples.
"Ele é o melhor jogador do mundo, foi perigoso e tem qualidade", disse Dalic. "Ele tem técnica e teve um desempenho de alto nível, foi o verdadeiro Messi que esperávamos ver".
"A Argentina tem uma excelente equipa e Messi sendo um jogador de tal qualidade e com milhares de apoiantes atrás dele, jogam como lhes dá na gana. Hoje tinham quatro jogadores no meio campo e nós tentámos jogar agressivamente. Mas Messi pode fazer uma jogada e fazer a diferença, que foi o que aconteceu no terceiro golo".
Dalic disse que o pênalti assinalado quando o guarda-redes Dominik Livakovic fez falta a Álvarez foi um pouco "suspeito", mas optou por não se focar na decisão do árbitro, lamentando a posse de bola estéril da sua equipa no início do encontro, antes de sofrerem esse golo.
"Tínhamos posse de bola, mas não criámos oportunidades específicas. Não vamos dizer que estamos contra o árbitro, mas o primeiro golo tornou a partida muito diferente".
Derrota merecida
Dalic disse que a Croácia sofreu uma "merecida derrota".
"Felicito a Argentina por ter chegado à final", acrescentou o técnico de 56 anos. "Por vezes a sorte favorece-te, outras vezes não. É assim que as coisas são. Não temos nada de que nos queixar".
A Croácia teve a maior parte da posse de bola, mas apenas dois remates no alvo, nenhum dos quais perturbou o guarda-redes argentino Emiliano Martinez.
Dalic lamentou a falta de rasgo e ímpeto criativo da equipa.
"Tivemos muitas situações boas, mas não fomos móveis", acrescentou. "Especialmente na fase de ataque, não éramos concretos. Faltava-nos aquele verdadeiro avançado para criarmos um rasgo. Não o fizemos. Sabemos o que somos e o que não somos".
"Quando concedemos o terceiro golo, foi muito difícil recuperar. Foi uma derrota merecida. Se alguém nos tivesse oferecido isto (meias-finais) antes do Campeonato do Mundo, tê-lo-íamos aceite, é um grande sucesso para a selecção croata e estamos orgulhosos".
Geração dourada
A Croácia, que terminou em segundo lugar em 2018, pode ter visto o último jogo de muitos jogadores da sua "geração dourada", com Luka Modric de 37 anos de idade a receber uma ovação de pé quando foi substituído.
Dalic disse que muitos deles fizeram o último Mundial, mas podem ainda participar no Campeonato Europeu de 2024.
"Este é o fim de uma geração para alguns no que toca a Campeonatos do Mundo, eles atingiram uma certa idade. Para 2026 temos de esperar e ver o que acontece nessa altura", disse Dalic, que confirmou que permaneceria como treinador até ao Europeu, durante a conferência de imprensa.
"Há muitos jogadores (mais jovens) com muito potencial. Esta geração terminará lentamente a carreira até ao Euro-2024. Teria sido bom ganhar uma medalha no Campeonato do Mundo e obter um troféu para esta geração de jogadores".
"Disse aos jogadores que têm de manter a cabeça erguida, ter orgulho em ter dado o máximo e estar preparados, estar preparados para lutar pelo terceiro lugar (no sábado)... Temos de estar psicologicamente preparados para jogar contra a França ou Marrocos".