A defesa de Dani Alves, condenado no mês passado a quatro anos e meio de prisão, não pagou a quantia às 14:00 locais desta quinta-feira, o prazo limite diário para este tipo de ações, disseram fontes judiciais à AFP.
A antiga estrela do Barcelona terá outra oportunidade de pagar esta fiança na sexta-feira, mas passará pelo menos mais uma noite na prisão perto de Barcelona, onde está detido desde janeiro de 2023.
Na sequência da decisão do coletivo do tribunal de Barcelona, em que um dos juízes se manifestou contra a sua libertação, Dani Alves pode sair da prisão se pagar a caução de um milhão de euros, sendo obrigado a não sair do país e a entregar os seus dois passaportes, espanhol e brasileiro, bem como a comparecer em tribunal nos prazos fixados.
Além do pagamento da caução de um milhão de euros, o tribunal estabeleceu como condições para a sua libertação a confiscação dos passaportes espanhol e brasileiro, a obrigação de comparecer em tribunal todas as semanas, a proibição de sair de Espanha e a proibição de se aproximar e comunicar com a vítima.
Dani Alves pediu ao tribunal espanhol, na terça-feira, que o libertasse até ser proferida uma sentença definitiva.
Dani Alves está em prisão preventiva desde 20 de janeiro de 2023, depois de ter sido acusado de agredir sexualmente uma rapariga de 23 anos na discoteca Sutton, em Barcelona, na noite de 30 para 31 de dezembro de 2022.
A advogada da vítima, Ester Garcia, já anunciou que vai recorrer da decisão de libertação, criticando a "justiça para os ricos".
Dani Alves, de 40 anos, é um dos futebolistas mais bem sucedidos da história. Conquistou 23 troféus com o Barcelona, onde jogou entre 2008 e 2016.
Na sua carreira, o brasileiro jogou também no Sevilha, Juventus, Paris Saint-Germain e São Paulo, e, na altura da sua detenção, tinha contrato com a equipa mexicana Pumas UNAM, que o despediu imediatamente após terem surgido as alegações.