"Marrocos concentra-se no contra-ataque, como muitos outros, porque quando se recupera a bola ao adversário, muito rapidamente pode-se criar oportunidades de marcar", disse o treinador numa conferência de imprensa em Doha, um dia antes da meia-final do Campeonato do Mundo.
"Marrocos sabe como fazê-lo, temos um plano que podemos adaptar durante o jogo. Neste caso, ter a posse tanto quanto possível, mas usá-la para criar problemas aos nossos adversários", acrescentou.
O treinador francês de 54 anos deseja que a sua equipa encontre formas de prejudicar a defensiva marroquina, a menos batida do Campeonato do Mundo com um golo sofrido em cinco jogos.
"Espero que encontremos a solução. Eles não são apenas bons na defesa, caso contrário não teriam chegado à meia-final. São muito organizados, mantêm a sua forma de jogar e têm muito bons atacantes quando chegam ao ataque. São muito eficazes. Vimos os seus jogos e tentámos tomar nota de algumas das coisas que vimos para podermos tentar procurar oportunidades de marcar ".
Deschamps destacou o talento dos seus jogadores, que têm a oportunidade de fazer da França a primeira equipa desde o Brasil de Pelé (1958 e 1962) a ganhar mundiais consecutivos.
"Por agora chegámos à semifinal e isso já é um feito. Mas não há segredo, é preciso que as coisas estejam em ordem. A primeira coisa é ter grandes jogadores, sem eles não se pode chegar tão longe num Campeonato do Mundo, mas também é preciso um bom espírito de equipa. Por vezes os jogos são definidos por pequenos detalhes, por isso, é preciso um pouco de sorte", disse.
O treinador gaulês também apreciou o nível exibido pelo atacante Antoine Griezmann (três assistências) no Catar. "Vamos precisar que ele esteja bem amanhã. É o tipo de jogador que pode realmente mudar a equipa, porque é um jogador esforçado. Ele trabalha muito. Gosta de defender tanto quanto gosta de atacar e de ser um playmaker. É alguém que pensa sempre no coletivo acima de tudo".