Ele é a lenda: Há 60 anos, nascia Michael Jordan

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Ele é a lenda: Há 60 anos, nascia Michael Jordan
Michael Jordan é tido como o melhor basquetebolista de todos os tempos
Michael Jordan é tido como o melhor basquetebolista de todos os temposAFP
Em setembro passado, a camisola 23 dos Chicago Bulls usada por Michael Jordan aquando da conquista do seu último título da NBA, em 1998, foi vendida na Sotheby's por 10,1 milhões de dólares. Será suficiente para explicar a influência daquele que, ainda hoje, é considerado por muitos como a grande lenda do basquetebol?

Não, a isso temos de somar os seis anéis de campeão da NBA, duas medalhas de ouro Olímpicas (Los Angeles-1984 e Barcelona-1992), um título universitário, cinco distinções de MVP do campeonato norte-americano e seis das finais, 14 presenças no All-Star Game, o prémio de Rookie do Ano em 1985 e o facto de ter sido o único jogador da história a ser eleito o melhor defesa da NBA e o melhor jogador da competição na mesma temporada.

Michael Jordan celebra hoje 60 anos
Michael Jordan celebra hoje 60 anosFlashscore

His Airness é, ainda, um dos pouquíssimos a ter conquistado três anéis consecutivos. E, depois, há o filme de animação a ele dedicado - Space Jam -, cujo voo no ar para afundar se tornou um símbolo (comercial, claro, mas não só) imediatamente reconhecido em todo o mundo.

Se no ténis encontramos adeptos de Roger Federer e Rafael Nadal, e no futebol se discute quem foi o maior entre Pelé e Maradona, no basquetebol a dúvida sobre o melhor de todos os tempos não existe: é Air Jordan.

"Ele fez da NBA e dos desportos profissionais, globalmente, aquilo que são hoje. Antes dos contratos multimilionários, da televisão ao vivo e dos patrocinadores, poucos fora dos Estados Unidos cobriam os jogos da NBA nos meios de comunicação. E, então, ele chegou", escreveu o vencedor do Prémio Pulitzer David Halberstam, autor da biografia do antigo basquetebolista.

Números e resultados que explicam porque Michael Jordan foi um divisor de águas na modalidade. Em Chicago dedicaram-lhe uma estátua que é uma das atrações mais visitadas, e mesmo entre os aborígines ou nos cantos mais remotos da África é possível encontrar alguém com a camisola número 23 dos Bulls.

MJ (outro dos seus apelidos) é filho de James Jordan, um funcionário da General Electric que o via como estrela do beisebol e que foi morto em 1993 com um tiro de pistola calibre .38 no peito, na Carolina do Sul. Provavelmente resultado de um assalto que correu mal ou uma tentativa de rapto para pedido de resgate a Michael.

Seja como for, His Airness adorava o basquetebol e o desejo permaneceu com ele mesmo depois da sua exclusão da equipa no décimo ano. Durante um ano, treinou sozinho e aos 19 já era considerado um ícone, tendo guiado a Carolina do Norte ao título universitário com um lançamento decisivo a poucos segundos do término da final.

Aos 21, conquistou a sua primeira medalha de ouro Olímpica, em Los Angeles, e dois anos mais tarde, após um jogo do playoff no Boston Garden ganho por Chicago graças aos 63 pontos da sua estrela, viu o mítico Larry Bird dizer: "Aquilo não era Jordan, aquilo era Deus disfarçado de Jordan". MJ foi a personificação do conceito da Dream Team.

Se não fosse por Muhammad Ali e pelo seu imenso carisma, Jordan certamente teria conquistado o título de atleta do século no final de 2000. Como jogador, foi capaz de flutuar no ar antes de converter um lançamento ou vencer a gravidade para fazer um afundanço espetacular, ainda mais que J. Erving, o seu ídolo de infância.

Afinal, para além das estratégias e jogadas do técnico Phil Jackson, os Bulls, desde os tempos de Doug Collins, sempre tiveram um plano B para o ataque ao cesto: "Bola para Jordan e os restantes para fora da área".

Para celebrar o seu 60.º aniversário, His Airness anunciou que doará 10 milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) à Make-A-Wish, associação sem fins lucrativos dedicada a realizar sonhos de crianças com doenças granves e da qual é embaixador. Será o maior contributo de sempre recebido por esta entidade. 

A Air tornou-se uma marca de 10 mil milhões de dólares (mais de nove mil milhões de euros à taxa atual) e "seja como Mike" passou a ser uma tendência que fascinava milhões de crianças e não apenas um slogan publicitário.