Real Sociedad 2 Osasuna 0
Numa Reale Arena bem composta, os locais entraram com vontade de agarrar o jogo e com tanto talento nas fileiras - Takefusa Kubo, David Silva e Brais Méndez - é uma questão de tempo até que a magia comece a aparecer.
Jon Moncayola até deu o primeiro aviso para os visitantes, num golpe ao poste que não valeria por fora de jogo, uma situação repetida na área contrária. Aos 22 minutos, uma jogada de fino recorte pela direita do ataque abriu as contas do marcador. Tabela entre Brais Méndez e Kubo, com o japonês a lançar o espanhol na área, que ainda tombou Juan Cruz antes de rematar colocado.
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O golo não mudou praticamente nada a curto prazo, mas reafirmou as ideias de Alguacil, que tendem a manter o estilo de jogo em qualquer contexto. A magia de Silva trouxe clareza e muita luz. Os céus não estavam nublados, mas os seus toques teriam afastado qualquer nuvem. Permitiu que Momo Cho disparasse numa situação favorável, embora não tenha encontrado a rede, e possibilitou, no segundo tempo, o 2-0.
Osasuna sofria muito depois do intervalo e o treinador visitante decidiu trazer Kike García para descolar Aimar Oroz. Longe de ser capaz de oferecer soluções à sua equipa, a Real Sociedad continuou a abraçar a bola (no meio-campo adversário) e a criar oportunidades perigosas. O marcador do primeiro golo recebeu um toque de calcanhar sublime de Silva e lançou Alexander Sorloth na área que, à saída do guarda-redes, picou de forma sublime.
Após várias oportunidades para o 3-0, o momento do jogo ficou reservado para o minuto 87, quando Mikel Oyarzabal, um dos maestros da equipa da casa, regressou à competição após uma grave lesão sofrida em março. O médio espanhol foi ovacionado por mais de 30.000 adeptos e aproveitou uns minutos para fechar 2022 com um sorriso na cara.
Villareal 2 Valência 1
A festa de Ano Novo que se realizou na reabertura do La Ceramica disfrutou de 45 minutos de todas as emoções de que é feito o futebol. Para além das cores, na estreia deste remodelado e bonito estádio, Villarreal e Valência deixaram as especulações de lado e só procuraram a vitória desde o primeiro segundo.
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Uma alegria jogar e ver jogar. O duelo valenciano foi fantástico para os adeptos neutros desde o pontapé inicial. Nem 40 segundos tinham passado quando Gerard Moreno protagonizou um dos falhanços da época, a dois metros da baliza, sem guarda-redes pela frente, atirou para fora. Incompreensível, mais ainda num goleador de provas dadas como ele.
Pepe Reina, de regresso à titularidade no Villarreal 17 anos e 7 meses depois da saída para o Liverpool esteve em evidência ao negar os golos de Samuel Lino e Cavani. Mas num outro remate do avançado brasileiro, o guarda-redes não conseguiu afastar o perigo e o matador uruguaio não perdoou. Armou a flecha e, de pé esquerdo, disparou junto ao poste esquerdo para inaugurar o marcador.
A resposta caseira foi imediata, com os endiabrados Chukwueze e Yeremi Pino a colocaram à prova Mamardashvili, que se agigantou nesses momentos. O temporal acalmou, pelo menos era o que parecia, e os che esticaram-se. Era uma armadilha.
Parejo lançou Gerard Moreno sobre a esquerda e o avançado sabia onde estava Chukwueze. De primeira, serviu o nigeriano na área que dominou com categoria e atirou rasteiro para o fundo das redes, em cima do intervalo. Uma maravilha técnica do início à conclusão da jogada. Beleza sublime em três toques.
Depois do intervalo, mais controlo e menos espetáculo. O cansaço começou a mostrar-se e as duas equipas, recuperadas da loucura do primeiro tempo, fecharam-se e não se atraveram a cometer erros. Gerard Moreno ainda ficou perto de celebrar o golo, mas Mamardashvilli respondeu à altura.
Ao minuto 88, novamente Parejo levantou um pontapé de canto para a pequena área onde apareceu de rompante Joan Foyth a cabecear para o fundo das redes e a levar à loucura o novo La Ceramica.
