O antigo árbitro espanhol José María Enríquez Negreira optou por permanecer em silêncio quando compareceu em tribunal esta terça-feira, no âmbito do alegado escândalo de corrupção que envolve o Barcelona.
Fontes judiciais disseram à AFP que o ex-árbitro de 78 anos exerceu o seu direito de não prestar testemunho durante uma breve comparência perante o tribunal criminal de Barcelona, depois de ter sido convocado pelo juiz de instrução Joaquin Aguirre.
A primeira convocação de Negreira estava prevista para fevereiro, mas foi adiada duas vezes a pedido da defesa, que alegou que ele estava incapaz de testemunhar devido a demência.
O clube catalão, o seu atual presidente Joan Laporta, e os dois antecessores, Sandro Rosell e Josep Maria Bartomeu, foram acusados no processo por alegados pagamentos às empresas de Negreira entre 2001 e 2018, ano em que este deixou de ser o árbitro número 2 de Espanha.
A justiça espanhola está a investigar se esses pagamentos, estimados em mais de sete milhões de euros, poderiam ter sido usados para influenciar de alguma forma a competição, o que o Barça nega, alegando que correspondem a relatórios sobre a arbitragem.